27.1.09

Eu, jornalista?

Pois é. Já tem um tempo que ando me dizendo fotógrafa, botando a maior banca, tipo cachorrinho vira-lata perto de dog alemão, saca? Mas já fiz algumas coisas por aí... fiz a resenha do show do Ozzy no ano passado, fiz também foto e resenha do show do POD, mesmo não gostando... mas nesse domingo foi a glória. Vou explicar o motivo.

Primeiramente, o show foi o do Língua de Trapo, no SESC Santo André. Um dia antes teve Cachorro Grande e Autoramas no SESC Pompéia, fiz também a cobertura, mas não foi tão bacana. Sabe por quê? O Laert Sarrumor, líder e vocalista da banda Língua de Trapo publicou hoje, no blog da banda, um comentário sobre a matéria. \o/

Nem é grande coisa, acho até que muitos nem conhecem a banda. Mas pra quem ouve os caras, segue a carreira deles, e não manja nada de nada, até que foi um grande passo! Passo que só foi possível graças ao jornalista, sem ele o texto teria ficado um lixo, tipo esses que publico por aqui. E sem ele, também, provavelmente não estaria indo a tantos shows, aprendendo na marra a fotografar. Já disse num post anterior aqui... sei lá quantas vidas ainda tenho, mas devo algumas pra ele.

Bom, aproveitem e vejam a matéria no Território da Música, as fotos que eu e o Edu tiramos, e baixem algumas músicas deles, vale a pena. Ah, já que tô fazendo o merchan, então aproveitem pra ver todas as fotos desses shows todos no meu flickr e no do Edu também.

22.1.09

Vila Maçarico

Mora em Santo André? Ou na Zona Leste de São Paulo? Se sim, vá até a janela, procure pela chama que não se apaga nunca. Viu? É ali perto que moro. Ou aqui perto? Enfim. Essa é uma das mil e uma noites de suspense no meu quarto. O barulho que não pára desde o fim da tarde, a janela de alumínio vibra de vez em quando. O céu, nublado, derramando uma garoa fininha, reflete o amarelo do fogo. Se alguém vier do centro até aqui e passar pela Avenida dos Estados e Avenida Costa e Silva, poderá sentir o calor que vem da chama mesmo dentro do carro ou do ônibus. Às vezes ouvimos também um barulho que lembra um caminhão enorme subindo uma ladeira, com força total.

Não é toda noite assim. Geralmente não é. Mas é estranho quando crescemos passando por isso, e o que pode ser um absurdo pra você que está lendo, pra mim já é só uma noite mais difícil pra dormir.

Quando criança achava que um dia tudo isso voaria alto, acho que isso fazia parte do nosso imaginário, de todas as crianças que cresceram aqui. Naquela época, algo ali soltava umas espumas pelo ar, tipo aquelas de sabão em pó, que voavam por todos os bairros vizinhos, Jardim Ana Maria, Parque Novo Oratório, Parque Capuava, Jardim Sônia Maria. Caía nas roupas no varal e manchava. Sabe Deus o que era aquilo. Hoje não solta mais nada 'visível'. Só 'inalantes' e esse barulho dos infernos.

Se a Petroquímica explodir, até onde vai acabar? Crescemos com essa pergunta nunca respondida pelos adultos. Hoje, adultos, perguntamos: Quando ela vai explodir? Quando esse barulho maldito vai acabar? E o meu ingresso pro Kraftwerk nem chegou ainda, putz...

16.1.09

Music non stop!!!

Então o ano começou pra mim. Sim, começou proque nessa semana comprei o ingresso pro Radiohead. Na verdade nem ligo muito pro Radiohead, só quis ir mesmo quando soube da abertura do Kraftwerk. Esse foi o primeiro ingresso que comprei em 2009, o primeiro de muitos, pelo o que os meios de comunicação noticiam. Tem algumas coisas que não tem preço pra mim, uma delas é um show.

Pessoas ao meu redor não entendem isso, mas é algo que só quem gosta, quem não vive sem música entendem. Não tem preço ver os caras ao vivo, ainda que seja pelo telão, são eles lá, eu sei. Pensando nisso, tentei fazer uma lista de bons shows que vi no ano passado, mas seria muito grande e cansativo. Resolvi fazer o Top Five com os melhores e mais marcantes. Lá vai:

5 - Casa das Máquinas, na Virada Cultural
4 - Ozzy Osbourn
3 - The Cult
2 - REM
1 - Queen

Foi difícil chegar nessa lista. Em vários outros que fui teve um fator muito agradável, que foi a companhia. Jene Loves Jezebel, Echo & the Bunnymen, Ney Matogrosso, Violeta de Outono, Adriana Calcanhoto. E o Whitesnake, e o Judas Priest? Sim, gosto muito variado o meu, o que complica bastante, afinal, quero ir em todos os lugares ao mesmo tempo. Tomara que esse ano seja tão bom quanto foi o que passou. E que venha 2009!!!

14.1.09

Mulherices?

Acho que tô com saudade do meu fotolog, onde eu podia simplesmente colocar uma foto e pronto. E é isso, depois de tanto tempo, uma foto.

15.12.08

Trem

O trem
Você vai demorar?
To tão cansado
Onde é meu lar?
Tô aqui
Onde não pertenço
Sem dinheiro para o telefone
O jeito é esperar até 9h20
Aqui sentado
Só na minha
O trem
Você vai demorar?
Tô tão cansado
Onde é meu lar?

Música do Arnaldo Baptista com a Patrulha do Espaço, foto minha, da Estação de Campo Grande em Santo André, tratada no photoshop. O crime às vezes compensa. Qual o crime? Invasão de propriedade particular. Qual a pena, heim?

6.12.08

Último dia

Praticamente o último dia de aula. Pelo menos pra maioria das crianças foi. Aí então todos vão com a camiseta pra ser assinada pelos colegas, máquinas fotográficas, uma alegria que não se vê ao longo do ano todo. Não que eles não seja alegres, são crianças, mas parece que o cansaço do ano todo vai embora. Enquanto nós, professores, estamos com a pilha lá no finalzinho, eles estão eufóricos.

Nem sei quantas camisetas assinei hoje. Nem em quantas fotos apareci ao lado das crianças. E sou obrigada a confessar que senti um certo aperto quando notei que vou ficar um tempo longe de alguns. Não sei se é normal, acho que sim, mas me apego muito a algumas crianças em especial, e nem sempre isso depende de nota e comportamento. Acho que é química, simplesmente. Vou sentir saudade deles, da Marilza, dos Lucas (sim, o Kowacevik e o Lima), das Carols, das Taynas, do Murilo, do Igor, do Felipe, das Gabis, do Jean... Giulia, JP, Brian, Marcelle, Marcelo, Filé, Carreira, Arilson, Ale, Thaianne. Mas espero reencontrar todos lá, logo logo, no ano que vem. Ao colocar o nome deles aqui notei que gosto muito de mais alunos do que pensei... acabei não colocando todos.

Mas de fato, a Prô Bel precisa de férias. Já!

3.12.08

Bel e as idéias polêmicas

Capítulo de hoje: elitização da arte

De uns tempos pra cá venho freqüentando mais shows do que o de costume. Um bom show musical é divertimento garantido pra mim, gosto demais. Se rola algum de graça então, aí é a maior festa não é? Nem sempre. Ultimamente tenho achado que não é bom negócio show de graça. Vou explicar o motivo com um exemplo.

Na virada cultural desse ano, em São Paulo, teve Mutantes. Eu tenho todos os cds deles, amo tudo deles. Sabe o que eu consegui ver? Um monte de bêbados atrás de drogas, mulheres, mais álcool, etc, e que nem sabiam quem tava tocando láááá na frente.

Show da Ceumar em Santo André, no SESI. Claro, um evento bem menor do que a virada cultural, o show foi dentro de um teatro minúsculo. ainda assim tinha gente lá que não sabia nem quem tava cantando. E além disso, também não sabia como se comportar numa platéia, ainda mais num lugar tão pequeno. Algumas pessoas simplesmente não paravam de falar enquanto ela cantava.

Será que se cobrassem R$5 essas pessoas teriam ido? Claro que não concordo com ingressos custando R$270, como foi o do Queen, mas o fato é que lá não tinha ninguém que nem soubesse quem tava cantando. Tá tá, então não cobre, mas só entra quem souber ao menos o nome de três músicas, pronto. Ou o nome de um disco. Ou ainda de um integrante da banda.

É, ando revoltada com a falta de noção desse povo... e domingo tem Cordel do Fogo Encantado aqui pertinho, em Paranapiacaba. Curto demais, e espero que ninguém que não goste vá lá atrapalhar o domingão de show. Humf!

P.S.: Esse texto tava escrito fazia um tempo... tempo que tem me faltado. Preciso de férias.

9.11.08

Tudo pra mim!!!

Sol. Sorvete de chocolate. Cerveja gelada. Praia com sol e cerveja gelada. Ouvir música. Ouvir o barulho da água caindo. Chuva forte. Dias frios na cama. Dias quentes na grama. Cheiro de mato. Cheiro de dama-da-noite. Cheiro do mar. Som do vento nas árvores. Deitar no chão pra ver as estrelas. Entrar no carro pra viajar. Falar besteira com as amigas. Não ter hora pra dormir. Não ter hora pra acordar. Acordar com o toque da mão dele. Café da manhã. Café o dia todo. Música o dia todo. O abraço dos alunos. A atenção dos amigos. O olhar fixo das crianças enquanto falo. O beijo dele. Receber uma ligação inesperada. Festa, festa, festa. Sair pra comer. Sair pra beber. Sair pra dançar. Rapidinha antes de sair de casa. Carinho olhando no olho. Fazer uma foto perfeita. Ver fotos. Ver obras de arte. Assistir filmes. Passear, pra todo e qualquer lugar. Não planejar nada, fazer tudo. Tudo ao mesmo tempo agora!

5.11.08

Eu, Prô Bel, 28 anos, responsável. Eu?

Hoje teve reunião de pais, foi a última do ano, pois no quarto bimestre não fazemos reunião, os alunos apenas vão no dia marcado, lá pro meio de dezembro, pra ver na lista o tão esperado 'aprovado', ou não. O fato é que não me acostumo nunca com a reunião de pais.

Acho o maior barato fazer reunião. Desde que comecei a dar aula, mesmo quando era só professora substituta, já fazia reuniões com os pais. Já devia ter acostumado, mas é muito estranho aquelas senhoras e senhores vindo perguntar dos filhos e pedir conselhos. Engraçado como eles confiam na gente, como depositam todas as fichas em nós. Alguns sabem que passamos mais tempo com os filhos deles do que eles mesmos. Outros também devem saber que nós sabemos mais do que eles da vida dessas crianças.

Mas o que eu mais acho estranho, e não consigo me acostumar é com o fato deles virem até a professora, no caso eu, a Bel, e me depositarem tanta confiança e responsabilidade. Às vezes acho que não sou responsável nem comigo mesma, nem de mim cuido direito. Como vou cuidar dessas crianças? E não é algo que só eu acho não. Muitas pessoas que conheço (muitas mesmo) dizem que pa-ga-ri-am pra me ver dando aula, sinal de que não sou assim uma pessoa que inspira responsabilidade mesmo.

Mas no entanto eles vão lá, sempre falar com a Prô Bel. Acreditam nela. Eu heim...

3.11.08

Não consigo ser alegre o tempo inteiro

Principalmente quando começo a ver a decoração natalina pela cidade, e as lojas cheias de árvores de natal pra todo lado. Aos 28 anos sou obrigada a confessar, é verdade... não gosto dessa época. E não é que eu não seja uma pessoa festiva e tal, pelo contrário, pra mim, tudo é festa. Mas essa época é difícil. Vamos às prováveis causas:

Faz seis anos que sou professora. Essa época do ano é a mais tensa dentro de uma escola. Os alunos não aguentam mais, os professores também não, todos querem férias, e é a época em que todo mundo quer nota, principalmente nós, professores. É só stress.

Festas de final de ano. Sabe, não tenho saco pra confraternizações, principalmente no trabalho. É sempre a mesma coisa, o povo que passa o ano todo querendo se matar, de repente, viram todos amigos. Tô fora, minha parte eu sempre quis em dinheiro.

Festas familiares. Não, o problema não é ser festa de família, mas aqui em casa é estranho. Fica todo mundo esperando dar a hora, aí se abraça, come e vai dormir. Emocionante.

Acrescente a tudo isso sucessivas experiências ruins. É, anos atrás, Natal e Ano Novo era motivo de apreensão e privação de certas coisas. Não vem ao caso comentar cada uma delas, o fato é que por um bom tempo, não tive 'boas festas' não.

Acho que tudo isso me deixou traumatizada. Por essas e outras que quanto mais chega perto o final do ano, mais tenho vontade de sumir do planeta viajar. Mas acho que a questão nem é viajar, ir pra longe... acho que seria só sair do meio em que passo o ano todo, ou que passei os outros finais de ano. Será que preciso de terapia?

E que venha logo o carnaval!!!

PS: Preciso voltar mais vezes por aqui, tanta coisa acontecendo...

15.10.08

A fotógrafa

No dia do professor, o destaque não veio pra professora. Aliás, nunca vem mesmo, já é de se esperar. O destaque veio pra fotógrafa! É, muita coisa acontecendo, e uma delas foi o Helvetia Music Festival, um super evento de música eletrônica que rolou em Indaiatuba-SP. O site !Oba Oba selecionou alguns fotógrafos pra cobertura, e lá fui eu. O trampo foi punk, correria mesmo. Percebi que não manjo nada de fotografia, principalmente de técnica, tenho muito, mas muito mesmo pra aprender. Mas qual não foi a minha surpresa ao ver duas das minhas fotos lá na página inicial do !Oba Oba hoje! Tive a capacidade de printar as telas, afinal, não é sempre que se é destaque não é mesmo???




Ah, esse aí é o fotógrafo, quem tá me levando pra essa brincadeira nova. Tô devendo a minha alma pra ele, ele sabe. ;-*

Ovindo Cérebro Eletrônico, Me atirar na orgia. Porque não consigo parar de ouvir esses caras.

5.10.08

Domingo de eleição...



1.10.08

Ela tá me perseguindo!

Já teve a impressão de que algo te persegue? Eu estou tendo, já tem uns três dias. Desde o começo da semana que, ao ligar o rádio em diferentes horários, me deparo com ela, aquela música que tem o dom de me deixar meio deprimida de vez em quando. Não porque eu não goste dela, ela é linda. Mas fala de coisas que realmente me atormentam... Aí vai a letra dela.

A LISTA
Oswaldo Montenegro

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?
Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?
Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?

30.9.08

Autoramas - A 300 Km/h



... só porque essa música é uma graça!


Correria, final de bimestre, não dá pra pensar nem postar nada aqui, então aí vai um som só pra tirar a poeira daqui.

20.9.08

Segura na mão de Deus

Tarde quente. Ela ainda era professora substituta, ou eventual, como dizem por aqui. Por isso mesmo, conhecia todos os alunos melhor do que muitas professoras titulares de cargo. Chegava a entrar 6, 7 vezes por semana em cada sala de aula, quando as outras entravam no máximo 5 vezes. Conhecia todos por nome, sabia onde a maioria morava. E por isso resolvia a maior parte dos problemas de indisciplina da escola.

Como disse, a tarde seguia quente. Com calor, os alunos se exaltam. Um se exaltou mais, foi necessário chamar a mãe,que apareceu quase na mesma hora. O diálogo que se seguiu foi mais ou menos assim:

- Mãe, o fulano fez isso, isso e isso. Ele não pode continuar agindo dessa forma. Quantas vezes a senhora já veio aqui só esse ano por conta do comportamento do fulano? (tinha aprendido a chamar o aluno pelo nome, não como 'seu filho')

- É, professora... eu não sei mais o que fazer com o meu filho não.

- Mãe, o fulano tem só 12 anos! Geralmente os problemas estão apenas começando nessa idade, mas a senhora, como mãe, tem que impor limites, ele precisa disso.

- Olha, professora, eu entreguei nas mãos de Deus. Não sei mais o que fazer, agora Deus é que vai cuidar e guiar o caminho do meu filho.

Nesse momento a professora respirou fundo. Outra vez.

_ Na mão de Deus então? É isso? Tudo bem, pode deixar.

- Posso ir embora, professora?

- Pode sim. E leve seu filho, que hoje nem Deus guiou o caminho dele.

Seguiram-se dias, semanas. A conversa foi ouvida pelas colegas, e cada vez que o garoto aprontava, a primeira coisa que falavam era: reze, em voz alta pra ver se resolve, afinal, é com Ele agora. Outras diziam pra fazer a tal da DDI, que o Raul falava. A partir daquele dia, a professora começou a entender que haja o que houver, resolva com o aluno, é quase sempre melhor. Evita maiores decepções.

4.9.08

Manual de sobrevivência na casa dos pais aos trinta

ou Como retomar a adolescência perdida

Não que eu já tenha 30 anos, mas tô quase lá, e acho que não muda muita coisa entre os 28 e 30 anos. Aquele papinho de sempre com certeza é o mesmo nessa faixa etária pra todas as meninas... Não casou? Não tem filhos? Mora com os pais... ainda???? É, a vida não é fácil para nós. Por isso estamos desenvolvendo o novissimo manual de sobrevivência na casa dos pais aos trinta! Segue uma prévia do manual.

- Finja que não é com você. Quando, no seu quarto, escutar alguém na cozinha dizendo 'ela vai sair hoje?' ou 'ela vai sair de novo?', ou ainda 'mas essa hora?', finja que não é com você. Faça de conta que não escutou e saia com a maior cara de paisagem. Com o tempo isso se torna automático.

- Nunca diga a hora real que você pretende voltar, principalmente se for depois das 5h. Diga que voltará às 3h, estarão dormindo mesmo e assim você evita que reclamem já antes de você sair dizendo 'É muito tarde, tente voltar antes'. Se a padaria já estiver aberta, leve o pãozinho, vão adorar! Se não for voltar, avise. Evita o celular tocando antes das 8h.

- Evite o contato entre as amigas e o pessoal de casa. Sempre vão achar que a amiga é uma péssima influência, afinal, é por causa dela que você está passando a noite fora.

- Nunca conte que conheceu alguém interessante na noite anterior. Nunca! Acredite, seus pais não precisam saber, assim você evita comentários desagradáveis do tipo 'vamos ver se com esse dá certo, né?'.

- Sempre, sempre pense na possibilidade de sair de casa, uma hora você pode precisar mesmo. Enquanto isso não acontece, pague uma conta da casa, é uma forma de dizer que você não mora às custas dos pais.

- Mulheres falam demais, mas evite dar detalhes do que tem feito aos finais de semana. Onde foi, com quem, o que fez, geralmente não é do gosto da sua mãe. Evite transtornos para todos.

Como disse, é só uma prévia do manual. Quem tiver mais dicas, posta aí nos comentários, por favor. Lembrando que o manual não se aplica a todas. Existem pais tolerantes que entendem a vida de uma moça aos 30. Mas existem os que acreditam que voltamos a ter 15 anos, é o caso dos meus.

1.9.08

Ilegais

Vanessa da Mata
Desse jeito vão saber de nós dois
Dessa nossa vida
E será uma maldade veloz
Malignas línguas
Nossos corpos não conseguem ter paz
Em uma distância
Nossos olhos são dengosos demais
Que não se consolam, clamam fugazes
Olhos que se entregam
Ilegais

Eu só sei que eu quero você
Pertinho de mim
Eu quero você
Dentro de mim
Eu quero você
Em cima de mim
Eu quero você

Desse jeito vão saber de nós dois
Dessa nossa farra
E será uma maldade voraz
Pura hipocrisia
Nossos corpos não conseguem ter paz
Em uma distância
Nossos olhos são dengosos demais
Que não se consolam, clamam fugazes
Olhos que se entregam
Olhos ilegais

Eu só sei que eu quero você
Pertinho de mim
Eu quero você
Dentro de mim
Eu quero você
Em cima de mim
Eu quero você

Só porque tô feliz, mas cansada demais pra escrever algo com minhas palavras.

26.8.08

Discos e histórias

Eu amo música, acho que desde que eu nasci. Minhas mais antigas lembranças já têm trilha sonora. Lembro quando, ainda muito pequena, tínhamos uma vitrola daquelas tipo maleta. Era uma maleta de couro marrom. Eu pedia pra minha mãe colocar meu disco da Arca de Nóe pra ouvir, sempre. Arca de Noé, pra quem não conhece, é um disco em que grandes da MPB cantam poemas do Vinícius de Moraes. Ouvia também os vários discos de música sertaneja que a minha mãe tinha e uma coletânea do Raul. Louco também era um disco do Tayguara. Ah, claro, uns Robertão pra variar e um Nat King Cole, em espanhol. Isso foram os sons da minha infância.

Na adolescência tudo isso ficou pra trás, ou quase tudo. O do Raul não. Esse foi pra minha coleção, que a cada ida pra Galeria do Rock aumentava. Voltava de lá com vários discos. Depois passei a comprar CDs também, mas os discos continuam até hoje por aqui, no meu quarto. Não sei mais quantos são, perdi a conta.

Outro dia peguei pra arrumar, limpar, escutar alguns. Cada um tem uma história. CADA UM. Alguns são presentes, alguns eu comprei, cada um numa situação, numa época diferente. Dias especiais, pessoas especiais, coisas que ficaram pra trás. Esse da foto é um Secos e Molhados, o segundo deles. Comprei na Relics, uma loja que era parada obrigatória lá na Galeria. Peguei ele na mão só pra ver, sempre via esse disco custando uma fortuna. Olhei o vinil, tinha umas 'coisas' nele, como se tivesse respingado vela ou sei lá o que. Passei a unha e saiu. Olhei o preço, algo equivalente a R$10 hoje. Muito, muito barato. Provavelmente era por conta das coisas respingadas nele. Naquele dia voltei pra casa com o Secos e Molhados e fui logo depois esnobar os amigos, afinal, ninguém tinha aquele, e com encarte! Posso dizer com certeza, esse foi um dia feliz!

Daria pra montar um blog só com as histórias que tenho pra contar sobre esses discos. Como algo pode trazer tanta lembrança junto?

20.8.08

O Chico e eu

Por conta de um antialérgico sedativo que estou tomando tenho passado o dia com um pouco de sono. Hoje cheguei da escola e deitei na cama só pra descansar um pouquinho. Logo 30 minutos depois o telefone tocou, e acordei. O Chico! Eu tava sonhando com o Chico Buarque! Tentei voltar a dormir, e a sonhar, mas não deu. Lembrei que costumo dizer que adoraria ser amiga do Chico. Vamos imaginar...

Você lá, no bar, tomando uma cervejinha com o Chico. Aí bate aquela fome, você sem grana. Aí ele vira aqueles olhos azuis pra você e diz: "Vamos lá em casa que a mulher vai fazer uma feijoada". Eu nem gosto de feijoada, mas diz que vai ter mais um monte de cervejas geladas, um torresminho... Ah, meu amigo!

Imagina ser amigo de um cara que escreve a música Cálice na década de 70? Ou de um cara que inventa um pseudônimo pra escrever letras 'censuráveis' durante a ditadura e não contente, ainda inventa de dar uma entrevista como o pseudônimo?

Ah, mas o cara vem de boa família. Certa vez um repórter, ao visitar a casa dos pais do Chico, escreveu que a mãe dele estava num canto da sala tomando o seu wisky. Chico ficou bravo quando leu tal infâmia e reclamou: Wisky nada, era pinga!

Um cara que consegue ver poesia no cotidiano, no marginal velho e novo, na conquista do Brasil, no carnaval... No mínimo assunto esse cara tem pra conversar. Quem sabe ele até me escrevesse um Samba de Orly, um Bye Bye Brasil?

Quanta prentensão a minha... o remédio deve estar causando alucinações.

17.8.08

Fim de noite

Chegou em casa, tomou um banho. Sentou pra ver e-mails, recados e afins. Queria escrever algo pra alguém. Ligou o rádio pra distrair. Notou que não precisava escrever, já estava escrito e cantado. Apropriou-se das palavras do Lulu.

Eu gosto tanto de você
Que até prefiro esconder
Deixo assim ficar
Subentendido...

14.8.08

Salvando a noite

Estava eu lendo minha cota diária de inutilidade quando me deparei com o maior achado dos útimos tempos. Lá no flog da minha amiguinha Ally tinha um post dedicado inteirinho ao siteTolices do Orkut. Gente, quem já viu isso? Digo, com toda a certeza, mudou minha vida. Trata-se de uma galera que fica procurando idiotices lá no Yogurt e depois publica no site e na comunidade. Diversão rápida e garantida! E eu que me divertia com a comunidade Anão vestido de palhaço mata oito!

Isso sim é prestação de deserviço!!!!

13.8.08

Cara de anjinha

No início dos anos 90, ele disse pra minha mãe:
- A sua filha é muito boazinha, tem até cara de anjinho, uma gracinha!

Quase vinte anos depois estou trabalhando, levando um aluno doente para a diretoria. Na sala da diretora tem alguém que não conheço, não é da escola. Saí, tomei uma água é já ia voltando pra sala de aula:

- Professora, você não estudou na escola do Jd Ana Maria?
- Sim, por quê?
- Você era sobrinha da Professora Irinéia, filha da Dona Lourdes, não?
E eu olhando para aquele senhor, tentando lembrar ao menos o nome dele. Professor Ivan! O professor de Educação Física, aula que abandonei na primeira oportunidade.
- Nossa, professor! Quanto tempo!
- Você contina jogando a bola na cabeça do professor?
- Putz, achei que só eu lembrava disso...
- E você continua com cara de anjinha!

A conversa se estendeu por mais 10 minutos. Depois o professor ainda passou na minha sala pra ver se conseguia acabar com a concentração da turma, brincando comigo. Está aposentado, foi apenas rever uma antiga colega, a diretora da minha escola.

Será que daqui vinte anos lembrarei de alguma das minhas crianças? Acho que só lembramos de um ou outro, os que marcam mesmo. Mas como eu, tão impopular na escola, teria marcado? Vai ver nem todos eram tão desastrados a ponto de jogar a bola de vôlei direto na cabeça dele.

Voltei pra casa feliz, sem nem saber ao certo o motivo.

7.8.08

Beatles, Beatles, Beatles.

Ontem fui ver uma exposição sobre Beatles num shopping aqui de Santo André. Lá encontrei um grande amigo, e conversando com ele, tive a idéia desse post. Pra provar que Beatles faz parte da nossa vida:

Beatles pra tudo:

  • You know my name (Lookup the number) - Pra diálogos sem pé nem cabeça.
  • I am the walrus - Pra não dizer nada
  • Across the universe - pra curtir um mantra.
  • The ballad of John and Yoko - Pra lembrar algum casal de amigos, ou ex casal, ou só pra falar mal da Yoko.
  • Oh Darling! - Pra cantar berrando com os amigos, ou no carro, sozinha.
  • If I feel - Pra dizer exatamente o que sinto. E pra xingar a Rita Lee, que fez uma versão que eu detestei dessa música.
  • Golden Slumbers - Pra esperar o fim da suite, com a frase "And in the end the love you take is equal to the love you make".
  • Sun King - pra curtir um momento bicho-grilo na praia, num dia bem quente.
  • The fool on the hill - Pra quando me sinto uma idiota, e isso não é raro.
  • I want you (She's so heavy) - Sexo. Só consigo pensar nisso ouvindo essa música.
  • Something - Pra invejar a Pattie Boyd, por ter merecido essa música, mesmo ela tendo sido uma pilantra com o George depois. Tadinho.
  • Good morning, good morning - Pra acordar.
  • I'm only sleeping - Pra não acordar.
  • Getting better - pra ouvir quando estou feliz.
  • She's leaving home - Pra lembrar as vezes que, na adolescência, quis sair de casa. E pra ouvir a voz do Paul, que está linda nessa música.
  • While my guitar gently weeps - pra pensar 'como alguém cria uma melodia dessas?'
  • Don't pass me by - Pra gostar de algo que o Ringo fez na vida.
  • Mr Moonlight - Pras noites de luar.
  • In my life - Pra chorar de saudade dos amigos, do que já foi.
  • Nowhere Man - pra pensar na fantasia de nowhere man pra próxima festa à fatasia.

A lista não termina aí. Coloquei só as que eu mais gosto e consegui pensar agora. Mas acho que ela vai longe. Aceito sugestões!

4.8.08

Brinquedo novo

Sabe criança com um brinquedo novo? Com aquele brinquedo que vinha sonhando tempos atrás? Pois é assim que estou me sentindo. Acabei de comprar minha câmera nova, nem sei mexer direito ainda. Ando pela casa, pelas janelas, lendo o manual e testando. Mas essa já é tradicional, o mal tirado auto-retrato com a nova aquisição. Em breve, lá no multiply, coloco fotos com ela. Assim espero. Aliás, lá também tem o primeiro ensaio fotográfico que fiz com uma grande amiga, a Karen, na casa do Edu. Visitem, comentem, uma moedinha daria sorte também.

30.7.08

Música para meus ouvidos

Essa é uma das músicas que mais gosto, e olha que não é nada fácil escolher esse tipo de coisa. São 28 anos com a orelha colada nas caixas de som. Mas tem músicas que por algum motivo te tocam mais fundo. Não é a letra. Essa eu comecei a traduzir várias vezes, nunca terminei. Mas hoje encontrei finalmente a bendita tradução. Horas antes, indo trabalhar, ela tocou no rádio. 22 minutos. Sim, cheguei no estacionamento da escola e esperei ela terminar. É uma daquelas músicas que fazem me sentir melhor. Depois faço uma lista de músicas que fazem eu me sentir bem. Mas certamente, uma delas é essa, Supper's Ready, do Genesis.



A tradução? Tá aqui.

29.7.08

Aviso aos navegantes

Acabou a patifaria. Quer falar mal? Bem? Me xingar? Me chamar pra tomar uma cerveja? Ok, mas identifique-se. Minha curiosidade não permite que eu não veja nem o nome de quem tá comentando. E tem mais, eu falando de curiosidade... vocês, anônimos, não são curiosos? A maioria quase absoluta nem me conhece e fica aqui lendo meus devaneios sexuais, minhas fofocas do trabalho, os absurdos que vêm à minha cabeça e eu, sem a menor noção, publico aqui. Não, somos todos um monte de fuxiqueiros e agora quero nomes. Se quiser, fale a cidade também, pelo Google Analytics vejo que tem gente de cada lugar que passa por aqui... Descobri que os lugares onde tem mais visitantes são Rio de Janeiro, São Paulo e São Caetano do Sul, sendo que São Caetano tá liderando o ranking. Mas tem um povo forte de Rio Claro, Ouro Preto, Salvador, Niterói, Nova Iguaçu...

No mais, entre, acomode-se. Aceita um café?

23.7.08

Confessionário II

Episódio de hoje: Não nasci pra Amélia.

Lendo o post da Mila de outro dia, me identifiquei com ela. Não sei fazer muita coisa na cozinha. Não sei fazer quase nada. Confesso, e o que sei fazer, não gosto. Assim, eu sobreviveria sozinha, mas detesto cozinhar. Acho que o grande problema é que sempre que eu tenho que cozinhar, é só pra mim. Detesto comer sozinha. Detesto também cozinhar pro meu pai, o homem não é fácil e não sabe nem mentir. Teve uma vez que coloquei um pouco mais de sal no arroz, achei até que um de nós morreria com a pressão alta. Aí ele disse 'Tá bom, sim. Só não vou comer tudo porque não estou com muita fome'. Fala sério, né?

Mas não é sempre que tento matar alguém com a comida. Às vezes, quando vou cozinhar pra alguém que não é meu pai, até capricho. O strogonoff costuma ficar bom, mas só faço com a receita do lado. Bolo também. Outro dia fui fazer carne na panela, tive que pegar a receita também. Nessas horas, Deus salve o Google. Mas hoje me superei! Macarrão na panela de pressão! Lá vai a receita:

1 pacote de macarrão (tipo parafuso)
1 lata de molho de tomate
1 caixinha de creme de leite
1 latinha de atum
1 litro de água
Joga tudo na panela de pressão, deixa ferver por três ou quatro minutos e já era! Só comer!

Isso sim é comida boa! Fácil, rápida e não tem erro, fácil fácil! Pelo menos a minha família hoje comeu o que fiz, e ninguém vai morrer. Espero.

22.7.08

Festival de Inverno - Segundo Final de Semana

O bom da vida é esse ócio!

Ócio? Ócio nada. Pra quem queria ir a Paranapiacaba assistir os bons shows que rolaram nesse final de semana, a vida não foi fácil não. Mas nós estávamos lá. Mesmo com a facilidade imensa de não precisar enfrentar filas pra retirar ingressos e entrar em shows, não foi fácil a sobrevivência na Vila, principalmente no domingo. É fato: a Vila não comporta mais o festival. Pra quem não conhece, trata-se de uma Vila no meio do nada, bem afastada das cidades vizinhas. Pertence a Santo André, mas pra chegar até ela, temos que atravessar as cidades de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, pegar uma estrada nada amistosa. Esse deve ter sido o motivo de tanta gente preferir os meios de transporte públicos. Mas olha, esperar três horas numa fila pra pegar um ônibus desanima qualquer um.

A infra estrutura da própria Vila também não comporta mais o público atraído pelo festival. Durante os dias, era comum a falta de energia em vários estabelecimentos como bares e restaurantes. No domingo essas quedas de energia foram mais freqüentes, até o derradeiro blackout no final do dia, espantando os milhares de visitantes de uma vez só. Caos.

Os shows? Ah, ótimos! No sábado teve Lenine, que esbanja simpatia no palco. Pra ser bem sincera, sou fã de coletânea do Lenine, não conheço a fundo o repertório não, mas tudo o que eu queria, escute. Alzira e a Torre, Dois Olhos Negros, Paciêcia, linda, linda. Sábado teria também Marina De La Riva, mas foi cancelado.

Domingo foi o grande dia. O maior show foi de Zeca Baleiro, letras e melodias maravilhosas. Zeca fala pouco entre as músicas, e a platéia canta e dança do começo a fim. E no fim, com direito ainda a um trecho de Walter Franco. Zeca foi o maior show, mas, não desmerecendo um ótimo show, não foi o melhor.

O melhor show foi do Mawaca. Pra quem conhece, dispensa comentários. Pra quem não conhece, só entrando no site delas pra ver do que se trata. É um grupo com sete vocalistas e alguns músicos, que cantam músicas folclóricas, etnicas, pesquisadas em cada região do planeta. Um show lindo, musicalmente e estéticamente falando. Na minha opinião, esse sim foi o melhor show do festival.

Semana que vem ainda tem, mas não vou. Tem Zé Ramalho em Ribeirão Pires, é pra lá que vou. Portanto, o festival em algumas palavras chave: ótimos shows, infra estrutura ruim, péssimo sistema de transporte, copos cheirando a mofo. Sim, no bar que adotamos como o melhor, devido à sua generosa porção de calabresa acebolada, os copos de vidro tinham um cheiro de armário de madeira embolorado. Mesmo assim voltamos lá. E acho que valeu a pena. Mais fotos de tudo, no multiply.

Ah, claro. Ninguém acertou a resposta do post anterior. O desfecho é a alternativa D. Pois é, dizem que não podemos negar esses chamados, né... Sei não. As pessoas dizem que lá pras bandas de onde isso aconteceu tem um guarda noturno, que naquela hora deveria estar saindo do posto. Pode ser que ele tenha parte nisso tudo.

18.7.08

O Chamado

O dia estava amanhecendo. A noite havia sido maravilhosa, e os dois adormeceram sem perceber. Agora o dia começava a clarear, o sol já se mostrava pelas frestas da janela do quarto ainda escuro. Acordam juntos, recomeçam algo que parece que não tinha terminado ainda. Aproveitam os últimos momentos juntos. Um barulho. Ele continua. O alarme do carro, tá na rua. Ele se veste, correndo, vai ver o que há. Se depara com uma dupla de testemunhas de Jeová no portão, o alarme disparado, o carro intacto.

Hipósteses:

a) Teriam eles causado o disparo do alarme do carro?
b) Alguém estava roubando o carro e fugiu diante dos religiosos?
c) Eles teriam escutado 'outros barulhos' vindos da janela mais próxima do portão, e resolveram que ali era a casa que deveriam bater?
d) Ou uma pomba, o símbolo da paz, resolveu bombardear o vidro do carro, fazendo com que o alarme disparasse, o casal parasse o que estava fazendo e fosse atender os religiosos ao portão?

No próximo post, o de número 100, a resposta.





Final de semana promete!

16.7.08

Confessionário

Episódio de hoje: Eu e a Lei Seca

Confesso: não concordo com a lei seca. Mas confesso também que acho que algo deveria ser feito mesmo. Confesso ainda que não concordo exatamente porque ela me atinge e muda minha forma de pensar o final de semana.

A verdade é que admito que não sou assim tão responsável quanto deveria no volante. Claro que isso não é algo que acontecia sempre, todos os finais de semana, mas já peguei o meu carro levemente bêbada sim. E já teve um dia em que cheguei em casa pensando 'que merda eu poderia ter causado?'. Quase todos que tomam umas por aí dizem que estão bem pra dirigir até em casa. Só quem já dirigiu na noite sabe o tamanho dessa mentira. Quando eu preciso voltar de São Paulo de carro, na madrugada, realmente eu evito beber, é preciso estar atenta a tudo e todos, é um verdadeiro salve-se quem puder. Mas quando saio aqui pelo ABC mesmo, nunca me preocupei muito. Em casa de amigos então, nem se fala.

Outra verdade é que eu deveria ter criado vergonha na cara muito antes da lei seca, quando perdi um grande amigo num acidente de carro. Pelo que conhecia dele, imagino que o acidente pode ter rolado pelo fato de ele ter bebido. No fundo todos nós sabíamos, só não comentamos isso, mas é fato.

Outro fato é que depois da tal lei, os acidentes diminuiram consideravelmente. A princípio achava que não duraria a paranóia. Hoje já acho que tenho que rever meus conceitos. E reaprender a andar de ônibus de vez em quando.

E no som: Eu não consigo ser feliz o tempo inteiro - Wander Wildner

15.7.08

Diálogos perdidos

No conselho de classe, após 4 horas de trabalho quase sem parar:

- Qual o problema? Ele tem muita falta!
- Feijoada.
- Como é?
- É isso, ele come feijoada aos domingos e quartas, nas segundas e nas quintas passa mal e não vem pra escola.

****

- Qual é esse?
- O que se masturba na sala.
- Ah tá. Próximo, e esse?
- O que nem se masturba.
- É, devagar mesmo. E esse?
- Ah, esse é aquele que a gente tem que ficar em cima o tempo todo.
- Vida dura a da professora dessa sala, heim? Um só se masturba, outro nem isso, outro a professora tem que ficar em cima o tempo todo...

13.7.08

Festival de Inverno - Primeiro Dia

Depois de muito 'vou, não vou, vou, não vou', resolvi chutar o balde e ir. Afinal, é a oitava edição do Festival de Inverno de Paranapiacaba, e eu nunca tinha ido, por motivos que não cabem no momento. Não foram graaaaaandes atrações, mas teve show da Mariana Aydar e do Seu Jorge. Assistimos os dois e apesar de parecer samba demais pros meus ouvidos, gostei dos dois, mais do Seu Jorge, que tem um carisma incrível no palco, além de um grave na voz que eu acho demais, sempre.

Pra quem tem acesso fácil às linhas da CPTM, é um ótimo programa para o próximo final de semana. Vem Lenine no sábado e Zeca Baleiro no domingo. Imperdível.

Problema é a infra-estrutura do festival... pra encontrar uma cerveja gelada na vila não é fácil. Refrigerante também não. Transporte, o mais rápido é de 30 em 30 minutos. Mas mesmo com os problemas, sábado que vem estou lá de novo! Além de bons shows, tem o clima da vila inglesa, um charme só!

9.7.08

Ladainha

Lá vem a Bel com a mesma ladainha. Eu detesto corrigir provas e fechar notas, impossível guardar esse sentimento só pra mim. Acho essa coisa toda de notas e faltas algo totalmente supérfluo, eu só queria é dar aula. Mas enfim, cá estou eu, com meus papéis sobre a cama, pois não tenho uma escrivaninha própria pra isso. Já tentei conciliar a correção de provas com algo mais prazeroso... então já o fiz ouvindo música, rádio, tv, conversando com alguém, comendo chocolate. Nada deu certo. Ainda não tentei levar as provas pra mesa de um boteco, nem pra uma noitada de sexo, mas preciso aliar isso a algum prazer, senão vou acabar maluca. Acho que a próxima tentativa é a mesa do bar. O sexo deixa pra lá, melhor não.

***

"A uma hora dessas
por onde passará seu pensamento
Por dentro da minha saia
ou pelo firmamento?"
Seu Pensamento, Adriana Calcanhotto

8.7.08

Na cama

Amanhã é feriado no Estado de São Paulo. Um feriado no meio da semana não tem graça nenhuma, não dá pra fazer nada. Acho que amanhã vou passar o dia todo assim, com ela, na cama. Sim, ela, a Boneca.

Afff, que falta de assunto...

4.7.08

(Des)vendando o meu signo II

Taí, outro texto explicando como sou através do meu signo. Esse eu recebi por e-mail durante a semana. Por falta do que fazer, claro, resolvi publicar com as minhas observações. Esses textos me irritam um pouco, mas vamos lá.

Peixes

Existem dois tipo de peixes: aqueles que nadam para cima e aqueles que nadam para baixo.
E se você for um pisciano, reze para nadar para cima, porque com certeza, sua vida será beeeem mais fácil e animada... (não nado pra lado nenhum, acho mesmo é que nado, nado e não saio do lugar)
Peixes é um signo místico, é o signo do desapego, da espiritualidade, dizem até que quem é de peixes, será a última vez que vem ao mundo, porque é a ultima encarnação (Heeeeyyy, como assim? ainda quero voltar como cachorro!). Traduzindo: este é o signo da 'viagem', colega.
Eles têm um mundo interno, cheio de fantasias em todos os planos e quando a coisa não está boa (quase sempre), eles nadam para lá, e não há quem os tire. Se o pisciano souber canalizar sua incrível intuição (nunca tive isso, nem sei como é) e sua sensibilidade (só de vez em quando, essas muherices não me apetecem), ele consegue captar o que está em volta e com isto, sentir o ambiente, se adaptar e crescer e fazer a diferença. Porque quando um pisciano resolve ser brilhante, colega, detona até o mais animado leonino. Mas o problema é quando resolve... e se resolve...
Como é um signo que se sacrifica numa boa pelos outros, às vezes o pisciano esquece-se dele mesmo e lá se vai a vida própria. É o signo do povo da noite, do lado b, daquilo que destrói. Peixes deve evitar ao máximo o álcool (é, com a lei seca, todos devem evitar), as drogas (a lei não é só pra molhados?) e a prostituição (ok, só de graça) ou seja, tudo que traz o alívio momentâneo para as dores do dia a dia.
Muitos artistas plásticos são piscianos, muitas pessoas que trabalham com música são piscianos. Trabalhos mais 'para dentro' são perfeitos para eles (para dentro da sala de aula?).
Os homens deste signo, têm uma certa fragilidade que a mulherada com síndrome de mãe não resiste, leva para casa e quando vê, está sustentando um marmanjo de 40 anos, que tenta debilmente ser um novo escultor. Cuidado...se um piscinao te pega em uma época carente, lascou-se. Você fará tudo pro ele. (só conheço o meu pai de peixes, e ele que se vire)
E como chora este signo... chora e se sacrifica pela família (não) e adota crianças (não) e faz o trabalho dos outros (já fiz, não mais) e toma na cabeça mas não aprende (apende sim). Não sabe dizer não (é difícil mesmo).
A criatividade dele é incrível (ô), então criam heróis, situações loucas, nuvens laranjas, sóis azuis e lagos cor de ouro... É bem lisérgico. (se algum dia eu criar essas coisas, é porque usei algo não listado na lei seca)
A mulherada deste signo, de uma feminilidade extrema, consegue seduzir com o doce olhar e tem um aspecto de donzelas (segundo o Aurélio: 1. Primitivamente, mulher moça nobre; 2. Hoje, mulher virgem. Huhuhu, tenho a maior cara de moça pura mesmo.) Arianos e leoninos, que adoram uma gueixa-donzela-princesa, são os primeiros a serem fisgados por estas moças de olhar sereno e quadril sem vergonha. Porque a pisciana, colega, adora um 'vucovuco' (heim?).
São amantes perfeitas (hãm?).
Com aquele olhar de songa monga, elas vão longe...
E reclamam da vida, viu? (não reclamo não) Porque adoram se sentir vítimas da situação, da vida, do contador, de você, do filho que ainda não nasceu. Adoram sofrer...
E amam misticismo: astrologia, mãe de santo, tarô, borra do café, do capuccino, amam budismo, cartas, enfim, amam uma macumbinha colega.
Ou também são rezadeiros ao extremos. (desde o papo do misticismo, tudo mentira. Tenho grande dificuldade com o que não vejo)
São chegados em velas. (pra quê? daqui pra baixo não vou mais comentar não)
Pecado e religião.
Culpa e castigo.
Carne e alma.
Pão e vinho.
Piscianos... cuidem do psicológico e da cabeça...São propensos à depressão. (professor não tem depressão, tem Sindrome de Burnout)

3.7.08

Banalização do abandono

Acho que já disse aqui, tem 6 anos que dou aula. Já trabalhei em um monte de escolas, tenho histórias pra dar e vender. Mas tenho notado que, quando conto essas histórias pras pessoas ao meu redor, elas se espantam. Claro, são pessoas que não estão na rede de ensino estadual.

Outro dia fui comentar que no banheiro feminino não há papel higiênico. Sim, no banheiro dos alunos nunca houve mesmo, mas tô falando do que nós, professoras, usamos. O cara que ouviu tal afirmação não acreditava. Aí comecei a enumarar as coisas que nós, professores, costumamos bancar... canetas, cadernos, cópias, pastas, todo o material de papelaria praticamente somos nós que compramos. Já teve escola em que na sala dos professores só tinha água porque nós fazíamos uma 'vaquinha' todo mês pra comprar. Café também, em várias escolas somos nós mesmos que compramos. Outro dia ficamos saltitantes quando chegou uma verba pra comprar copos descartáveis, pois dias antes, estávamos lavando copos de vidro no banheiro... também não temos quem os lave.

Minha sala de aula eu que mantenho limpa e varrida. Sim, tenho a minha super vassoura e minha pá. Esses eu não tive que comprar, consegui uma com a tia da limpeza que, sozinha, teria que varrer umas 20 salas em 40 minutos. Já fiz mutirão de limpeza e manutenção de carteiras também. Tinha até umas chaves de fenda no armário.

Já dizia minha tia, que me ensinou a ler e escrever... o magistério é um sacerdócio. E eu acredito cada vez mais nisso.

29.6.08

Coisa mais chique II


Aí está. A chamada pra reportagem sobre a segunda exposição dos trabalhos do pessoal da oficina de fotografia da qual faço parte. Essa imagem aí é uma montagem feita por mim, e essa reportagem saiu no Diário do Grande ABC de ontem, 28 de junho. Não sou de Diadema, nem tão jovem mais, mas estou lá!

Lá na exposição tem, além dessa montagem, outros trabalhos feitos com técnicas alternativas, como fotos envelhecidas, pinholes, light paint, etc. E tem mais ainda: uma série de retratos de pessoas do bairro Jd. Inamar, onde fica o centro comunitário em que estudo. Eu fiz retratos coloridos de uma figura muito diferente de lá, o Zé Pretinho, que coleciona brinquedos que não servem mais e enfeita a cerca e o quintal do seu terreno. Abaixo, as fotos dele que estão expostas:


P.S.: Essas imagens são fotos das fotos que estão expostas. Pra ver essas e as outras, tem que ir lá no Centro Cultural Inamar, na Av. Antonio Sylvio Cunha Bueno, 1322, Diadema.

28.6.08

Costume

É sábado, e ela acostumou com os beijos dele. Não é aquele costume ruim, acomodado. É aquele que faz falta. Que a faz fechar os olhos e pensar nos beijos dele, pra ver se passa um pouquinho essa falta. Acostumou também com o olhar silencioso. Com os dedos dele correndo suavemente pelas suas costas, e os dela, pelo peito dele, com os olhos fechados. Acostumou-se a não ter vergonha de acordar junto. Será que ela está mal acostumada?

25.6.08

Reta final

Hoje na escola, no último balanço da greve, ouvi declarações de amargar... Sexta-feira estarei lá na assembléia de novo. Abaixo, algumas reportagens recentes sobre o movimento:

Na Folha
N'O Globo

24.6.08

Ana

Eu nunca fui uma menina popular, nem na escola, nem no bairro. Mas ela era popular. Todos a achavam linda, engraçada, gostosa. Não tinha notas boas não, mas isso também era coisa de para os cdfs, tipo eu. Todos queriam ser da sua turma, a turma mais divertida da escola. A turma que matava aula, a que fumava na frente da escola, que já todo mundo já tinha beijado alguém. Algumas meninas da turma já tinham até passado um poquinho dos beijos de língua na saída da escola.

Ela tinha a pele clarinha, cabelos pretos, lisos, olhos verdes e grandes. Não era magra, tinha o corpo com formas adultas já. Na escola, os meninos babavam por ela, mas ela não queria saber de nenhum: podia se dar ao luxo de gostar de um cara mais velho do que a gente, ele já devia ter uns 18, 19 anos. Nós, no máximo 13.

Depois da oitava série, cada uma seguiu o seu caminho, sempre vivendo no mesmo bairro, mas por algum motivo, não nos encontramos mais com freqüência. Conquistei minha própria turma, mas nunca fui popular como ela. Das vezes que a encontrava no ônibus, no mercado, na padaria, conversávamos futilidades, nada mais. Os encontros ficaram cada vez mais escassos, e assim passaram-se anos sem que soubesse do seu paradeiro. Hoje abri a janela e a vi passando.

- Psiu!

Estava com uma criança com mais ou menos 6 anos. Seu filho. Nem de longe se parecia com aquele cara de quem ela gostou por anos e anos. Ela também não se parece mais com aquela garota da escola. Com uma feição cansada, seus olhos verdes não são mais chamativos, parecem que perderam o brilho. Andava aparentemente curvada, talvez pelo frio que fazia pela manhã, ou pelo costume de andar atrás do filho, ou por desleixo. Suas roupas não combinam entre si, moleton, blusa de soft, toca, cada coisa de uma cor. Ela se vestia bem. Sua voz é triste. Digo que a cena foi triste, imagem e som.

Como é que uma pessoa cheia de vida chega a perdê-la assim, desse jeito? Será que ela era cheia de vida? Ou será que ela é cheia de vida hoje? Acho que não. Tive a impressão, por alguns instantes de que ela virou adulta, preocupando-se com filho, casa, cozinha, roupas pra lavar, e eu continuei adolescente, trabalhando praticamente só pra mim, preocupada em não ficar no sofá na noite do sábado. Como foi que nos tornamos pessoas tão diferentes?

Após 10, 15 minutos de conversa, cada uma seguiu a sua vida, com a certeza de que não voltarão a se encontrar tão cedo.

- Mas quem sabe você ainda não dá aula pro meu filho?

23.6.08

Hoje sem título

Há mais de cinco anos decidi que queria ser professora, entrei na sala de aula e nunca mais pensei em sair. Mentira, pensei sim. Às vezes ainda penso, principalmente em dias como os de hoje.

Hoje fui até a escola, pra fazer um balanço, junto com os colegas, da manifestação de sexta, das decisões tomadas lá etc. Me surpreendi ao saber que vários colegas que estavam paralisados desde quarta-feira, resolveram voltar ao trabalho. Mas não é isso que mais me surpreende. É a falta de esperança do povo. Eu não sou a pessoa mais otimista do mundo, mas não quero essas condições de trabalho pro resto da minha vida! Já dei aula pra classes com quase 60 alunos; já quase fui agredida; já enfrentei, presenciei fatos dentro de uma escola, que pessoas não acreditam quando conto; além do trabalho em sala de aula, tem o realizado em casa, corrigindo avaliações, e por esse, eu não sou remunerada; falando em remuneração, ganho bem menos do que muitos com o mesmo grau de instrução que o meu; não tenho um plano de carreira decente; não tenho FGTS; não espero pela aposentadoria. Definitivamente, não quero isso pra sempre.

Mas tem pessoas que pelo jeito já reclamaram tanto disso, que acostumaram a só reclamar. Não consigo chegar a uma conclusão sobre isso, só me angustia. Me amedronta a possibilidade de um dia ser assim, acostumar com o ruim que está piorando. E só piora. Eu continuo de greve por enquanto.

Mas tem coisas que valem a pena no magistério:Esse trabalho foi feito em sala de aula, pelos meninos da quinta série. Isso vale a pena.

22.6.08

Selos, selos, selos!

Na verdade é só um selo, mas fiquei feliz, quase nunca ganho selos por aqui (momento triste, tocando a música do Chaves, quando todos vão pra Acapulco). O Alec me mandou esse selinho aí e eu vou repassar pro povo que tá sempre por aqui e eu sempre por lá, no blog deles.
Vai para:
Mike
Mila
Ju

Gamella
Edu

21.6.08

Imagens da Assembléia na Av. Paulista

Segundo o G1, o sindicato disse que 60 mil professores compareceram lá na Assembléia; segundo a PM, 5 mil. Alguém não sabe contar...

A greve deve continuar.







20.6.08

No café com o Mario

Sempre tomo café da manhã sozinha. Salvo raríssimas e ótimas exceções, sempre tô lá sozinha a beber me copo de café preto e a comer minhas fatias de pão. Mas hoje meu livro da coleção da Folha chegou mais cedo, e aproveitei para dar uma olhadinha. O que é sempre uma mentira, sempre acabo lendo boa parte do livro nessa olhadinha. Interessante é como o livro de hoje, A Vaca e o Hipogrifo, do Mario Quintana, parecia que tava falando comigo em algumas páginas...

INCOMUNICABILIDADE
Querer que qualquer um seja sensível ao nosso mundo íntimo é o mesmo que estar sentindo um zumbido no ouvido e pensar que o nosso vizinho de ônibus o possa escutar.
...
COMUNHÃO
Há anjos boêmios que costumam freqüentar esses antros noturnos que são os sonhos dos humanos. São estes que finalmente intercedem por ti. O resto é dedo-duro.
...
A VIDA
Mas se a vida é tão curta como dizes
por que é que me estás lendo até agora?

Estou indo pra assembléia dos professores, na Avenida Paulista. Liguem a TV, vai ter gente pra caramba lá, até eu.

18.6.08

Frio, ócio...

Eu detesto esse frio. Hoje foi um dia vazio, estou de greve, como já disse no post anterior. Já dizia minha vózinha, cabeça vazia é oficina do diabo. Só penso besteiras deitada no sofá, olhando a televisão, na cama, tentando ler um livro, na frente do micro, tentando escrever algo sobre a greve. Minha vontade era estar em outra cama, outro sofá, outra companhia que não o meu pijama, com sua estrela a me sorrir. Me veio uma música na cabeça, e ela dispensa comentários. Aí está.

DERRETENDO SATÉLITES
Paula Toller / Hebert Vianna

Abro com as mãos, te deixo olhar
Te levo pra dentro devagar
Sempre venho aqui nesse lugar
Tomar xerez da tua boca
Provar o sal do mar, mostrar um verso
Provar um amor eterno
Onde a sua mão está agora?
A minha você sabe bem
Quanto mais tempo demora
Mais violento vem

Falando absurdos
Virando a noite
Perdendo senso
Derretendo satélites
Falando tudo
Voando a noite
Ouvindo estrelas
Derretendo satélites

Uma vez, dez, quinze, vinte, tanto faz
Não tenho mais nada pra fazer
Estou aqui pensando em você
Deixando a água correr
Provei o mar, mostrei um outro verso
Provei um amor eterno
Onde a sua mão está agora?
A minha você sabe bem
Quanto mais tempo demora
Mais violento vem, meu bem

17.6.08

Greve

A partir de hoje sou uma das professoras de greve. Pelo menos até sexta.

13.6.08

Complementando...

Ultimamente tenho feito tudo pela metade, parece que não termino nada do que começo... Por exemplo o post de ontem, rs.
A exposição está no Centro Cultural de Diadema, no saguão do Teatro Clara Nunes. Fica na R. Graciosa, 300, centro de Diadema. Essa imagem aí do lado é um dos trabalhos que eu tenho lá, trata-se de um fotograma, ou uma fotografia tirada sem o uso da câmera, apenas colocando objetos em cima do papel fotográfico e jogando a luz direto. Ou mais ou menos isso.
Enfim, quem estiver de bobeira passando por Diadema, aparece lá!

12.6.08

Coisa mais chique!

Olha eu aí, dando minha primeira entrevista! Hahá! É que ontem rolou a minha primeira exposição, então sabe como é, fotógrafos, TV, tudo. Agora vou contar a verdade...

Desde o começo do ano estou fazendo uns cursos de fotografia em Diadema, e ontem foi a abertura da exposição dos trabalhos desses cursos. Tem lá cinco trabalhos meus. A entrevista foi dada pro pessoal da Metodista, e a foto foi tirada pelo Edu, que também tem trabalhos lá.

É bem pequena a exposição, na verdade... mas acho que é um começo. Quem sabe?

10.6.08

Branco

Olha só, como é que eu posso querer manter um blog se eu não consigo saber onde foi parar meu óculos?

Criatividade zero, atenção zero, cabeça nas nuvens em 90% do tempo. Acho que tô precisando das minhas férias, mesmo sendo menos de 15 dias...