15.12.09

Super High Tech

Eis uma das coisas mais atrasadas que conheço. Papeletas, ou tarjetas, como preferir. No sistema de ensino do Estado de São Paulo as notas são entregues assim, em papel, pra só então alguém da secretaria digitar no sistema da secretaria da educação. Papéis e mais papéis, diários, tarjetas de cada bimestre, tarjetas de 5º conceito, fichas individuais, planos de aula, projetos, relatórios, livro ponto, etc, etc, etc, tudo no papel!
Quanta tecnologia, heim? A floresta amazônica agradece.

11.11.09

Coisa de mulherzinha


Ou mulherices.


Nunca tive unhas compridas, sempre arranquei tudo com os dentes... Mas dizem que o 30 anos é a idade da mudança. tô chegando lá, tá perto, e as mudanças estão começando a aparecer. A primeira delas é essa aí, minha unha quase igual a do Zé do Caixão.


Exagerada, eu? É porque vocês nunca viram antes...

26.10.09

Mais confissões

Sabe quando a gente passa uma vida toda driblando algo que a gente já sabe, mas prefere fazer de conta que não sabe? Aí, quando nos damos conta, a verdade é tão verdadeira que assusta.

Acho que tô me sentindo um patinho feio hoje.

Numa vala qualquer do teu cemitério racional
Numa esquina qualquer da tua cidade natal
E é um Deus nos acuda
Ninguém te ajuda
De madrugada quando as fadas dizem: "!tchau!"

E o que se escondia no porão
Sai pelos poros pela transpiração
E lava tua alma
Lava de vulcão

Porão - Fernando Deluqui/Humberto Guessinger

19.10.09

Confissões Musicais

A educação já não me satisfaz, cada dia vejo ela se deteriorar, pouco a pouco, e me sinto de mãos atadas. Hoje ouvi uma história de que nota 3,5 arredonda-se pra 5. Desde o início do ano se quero trabalhar num ambiente limpo eu mesma devo varrer minha sala. Até o estacionamento do shopping aumentou, menos o meu salário. Mas ainda sou bem moça pra tanta tristeza...

CANTEIROS
(Fagner roubando um pedaço do poema Marcha, da Cecília Meireles)

Quando penso em você
Fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa
Menos a felicidade

Correm os meus dedos longos
Em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
Já me dá contentamento
Pode ser até manhã
Sendo claro, feito o dia
Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria

Eu só queria ter do mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza

E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza ...
E deixemos de coisa, cuidemos da vida
Senão chega a morte
Ou coisa parecida
E nos arrasta moço
Sem ter visto a vida

É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
São as águas de março fechando o verão
É promessa de vida em nosso coração.

7.10.09

Pata dodói


Momento "antes tarde do que nunca"!
Sim, só pra registrar o momento mesmo, pq estou de dar medo nessa foto.
Antes tarde do que nunca porque fui uma criança frustrada, que nunca quebrou nada, nunca teve que colocar gesso em nada. Por isso agora digo, antes tarde do que nunca!
Foi só uma luxaçãozinha besta, mas já tive que imobilizar por um tempinho. Nem doeu, kkkk. Não vou escrever mais sobre as frustrações infantis por puro desconforto, impossibilidade mesmo... é a mão direita, né. Se fosse a esquerda poderia ficar um mês, me viraria muito bem, obrigada, rss. O tema fica pra um futuro próximo.

28.9.09

Dos interesses

Era uma vez uma menina que não via maldade em ninguém. Nos tempos mais remotos já ajudava os colegas da sala de aula com os deveres, trabalhos e contas. O tempo passou e ela sempre acumulou elogios à sua prestatividade, sua prontidão. Era capaz de ouvir durante horas uma amiga chorando, perder um domingo de sol pra ajudar nos deveres da escola, acordar cedo num sábado só pra acompanhar alguém numa missão.

O tempo passou mais um pouco e chegou a maturidade. Um dia percebeu que seus problemas, quase todos, sempre ficaram em segundo plano. Um dia ouviu falar que qualquer relacionamento só acontece na base da troca e a partir daí começou a analisar tudo o que recebeu e tudo o que compartilhou. Percebeu que as maiores frustrações ao longo da vida, até então, foram decorrentes de falta de atenção, pouco caso, falta de compromisso das pessoas que ela considerava mais próximas.

Notou que o problema dos outros sempre foi maior, os dela sempre foram quase nada, segundo plano. Notou o número de telefonemas e recados recebidos com os dizeres 'preciso de um favor seu', comparou esse número com o tanto de vezes que pediu algo pra alguém e foi atendida.

Percebeu ainda o quão disponível sempre se colocou a todos que precisassem, e comparou com o tanto de disponibilidade que sempre encontrou ao seu redor. Percebeu ainda o quão traída nessa disponibilidade ela já foi. Quantas vezes deixada pra trás, falando sozinha, pedindo pra ajudar.

Naquele dia percebeu que teve pouquíssimos amigos durante a vida. Boa parte desses amigos, alguns ainda presentes, sempre estiveram interessados na ajuda, na disponibilidade. Quando ela não existe, desaparecem. Naquele dia ela desejou como nunca o egoísmo. O desejo passou rápido, ela nunca foi egoísta e ao menos disso pode se orgulhar.

Os amigos? Passou a analisar antes o que cada um quer dela. Deseja apenas os que a procurem por nada, de graça, assim como ela procura as pessoas. Tornou-se uma pessoa mais sozinha, mas ainda insiste em acreditar nas pessoas. De graça.

14.9.09

A dor e a delícia da inclusão digital

Ontem assistindo a um video do Deep Purple de 10 anos atrás e conversando sobre o mesmo show, senti uma ponta de nostalgia. O ano era 1999, o video em questão era In Concert With the London Symphony Orchestra, e o mesmo show aconteceu em São Paulo, no Via Funchal, mas eu não estava lá. Quem esteve conta histórias incríveis, como por exemplo, o público pedindo pra ouvir rock enquanto a Orquestra Sinfônica de São Paulo tocava. Outro ponto alto deve te sido todo mundo saindo do lugar e correndo para perto do palco quando Dio entrou. A cara de inveja do Gillan também deve ter sido algo memorável.

Esse é um dos inúmeros shows que só sabemos o que os presentes contam, ninguém tinha câmeras fotográficas digitais que cabem no bolso da calça, nem celulares que filmam, nem filmadoras ultra compactas, nada. Para entrar com uma câmera num show era necessário saber onde escondê-la. Opções não faltavam, mas faltava coragem pra enfiar uma câmera no pacote de pão de forma, ou dentro de um panetone sem o recheio, ou abrir um pacote de salgadinho e vedar de novo... não era fácil, só valia a pena se a câmera fosse boa mesmo e se você fosse ficar lá na frente.

Hoje todo mundo tem um celular que tira fotos razoáveis. As câmeras digitais que fotografam e filmam com qualidade aceitável são tão pequenas e fininhas quanto uma carteira, e não precisam ser escondidas. Quando começa o show, pra quem assiste do fundo da platéia, o número de visores acesos é um espetáculo a parte. No dia seguinte é possível assistir ao show inteiro pelo youtube e ainda salvar fotos da apresentação.

Mas não acho ruim isso tudo, pelo contrário, acho o máximo poder rever alguns detalhes perdidos durante o show, ou até ver como foi em outros países, em outros estados. O que me intriga mesmo são aquelas pessoas que durante o show inteiro ficam tirando fotos delas mesmas, de costas para o palco. Já cansei de ver grupos inteiros de amigos que durante o show conversam, riem, fotografam, mas tudo entre eles, como se a banda fosse apenas um acaso. Não contentes, essas pessoas costumam atrapalhar quem está ali pra ver o show, pois tentam falar num volume mais alto do que a banda, sem falar nos malditos flashes na nossa cara. Eu não vi, mas sei de fonte segura que num show tinha um cara filmando ele mesmo cantando, de olhos fechados, como se fosse ele o rock star.

Muita coisa mudou em apenas 10 anos. Pra melhor e pra pior.

9.9.09

Top Five "Gosto mas tenho vergonha" - Categoria Música

Sabe aquela música que você fica off line no msn pra ouvir? Ou aquela que quando começa a tocar no rádio, você olha dos lados pra se certificar de que não tem ninguém te vendo cantar? Pois é, todo mundo gosta de alguma coisa que tem vergonha de gostar. Lá vai meu Top Five de músicas que difamam meu bom gosto.

NACIONAL
05 - Sidney Magal - Tenho (Tenho um mundo de sensações! Agora já é até cult)
04 - Blitz - A dois passos do paraíso (Puta breguisse aquela hora que o Evandro Mesquita fala como se fosse um radialista, mandando a música pra uma ouvinte, nossa, que vergonha)
03 - Lulu Santos - Várias, várias, várias (O cara é um arrogante, prepotente, só por isso não merecia que eu gastasse minha saliva cantando seus versos pobres e pops... mas eu não presto, gosto)
02 - RPM - Olhar 43 (Não dá pra resistir, Louras Geladas também é demais. Mas é brega pra caramba)
01 - Absynto - Ursinho Blau Blau (Pô, cresci ouvindo, não resisto)

INTERNACIONAL
05 - A-Ha - Crying in the rain ou Take on me (Anos 80 na veia)
04 - Bon Jovi - I'll be there for you (Hoje em dia já não tenho mais tanta vergonha, mas na adolescência tinha que ouvir escondida)
03 - Trio - Da da da (Que p*** era essa, afinal?)
02 - Linear - Sending all my love (Lembra dos cabelos desses caras?)
01 - Bangles - Eternal Flame (Essa é pra cantar gritando dentro do carro, com os vidros fechados, claro)

Isso tudo só me ocorreu porque a última, Eternal Flame, realmente tocou hoje no rádio, eu estava no carro, voltando pra casa. É tão brega que me dá vergonha do espelho. Mas cantei, feliz:

Close your eyes, give me your hand, darling,
Do you feel my heart beating?
Do you understand?
Do you feel the same?
Am I only dreaming?
Is this burning an eternal flame?

De arrepiar, heim?

1.9.09

Ibira e sua fauna

Domingo eu e o jornalista (faz tempo que não o chamo assim, rss) fomo ao Parque do Ibirapuera. Eu sei, eu sei, Ibira é muito clichê, todo mundo vai lá, todo dia, super cartão-postal, tá, eu sei. Mas adoro ir lá pra não fazer nada, só andar um pouco, sair daqui. Mas bonito mesmo é analisar a fauna que ali se encontra.

Não tô falando dos vários bichos estranhos que circulam por ali, como os que nadam, os que voam, os que correm da gente, nem dos que correm até a gente na ponta de uma coleira. Tô falando daquela fauna que circula por lá, andando mesmo. Essa fauna divide-se entre os emos, os homos e os pasmos.

Entre as duas primeiras classes os atos mais praticados são em geral correr, borboletear, gritar, agarrar, beijar, e alisar o cabelo já meio ensebado pra um único lado, todo o cabelo. Vestem-se e agem de tal forma que impossibilita a definição do sexo em grande parte dos casos.

O cabelo merece um tópico especial. Em geral não são alinhados, premia-se aqueles que conseguem achar naquela cabeleira dois únicos fios do mesmo tamanho. Difícil também é achar um que não de nojo de chegar perto, parece que cheira mal mesmo. Embora sejam totalmente desalinhados em uma cabeça, são idênticos quando analisados em várias cabeças, todas próximas. Lembra aqueles 'cabelinhos' que tinha no playmobil, que só mudava a cor: amarelo, marrom, preto, branco. Ah não, branco não tem, mas tem verde, azul, rosa, etc. É uma fauna bem diversificada e colorida.

As roupas também são bem estranhas às vezes. Nem sempre, mas é muito comum vê-los com roupas de oncinha, zebrinha, tudo muito justo, provavelmente pra aumentar a cara de sofrimento. Beijam-se, agarram-se e fotografam-se desesperadamente.

Os pasmos, bem, os pasmos apenas observam o que não dá pra não observar e escutam comentários que os fazem pensar na maravilha que seria se a audição fosse voluntária, como a visão. Mas os pasmos emocionam-se mesmo quando, por acidente, acabam deixando o carro num lado do parque habitado apenas por um dos grupos, os homos. Mas os pasmos também brincam, correm, beijam, conversam, riem, tudo em menor grau do que os outros, com bem menos alarde. Mas deve ter um monte de pasmos por lá, loucos pra migrarem pros outros grupos.

Eu? Apenas observo, pasma.

27.8.09

Top Five

Chega de reclamar da vida aqui. Vou começar uma série de Top Fives!

O primeiro é algo que pensei ontem, quando comentei pela net com o senhor namorado que as músicas do Paradise Lost me deixam louca pra algumas práticas nada convencionais pra esse tipo de música... Então lá vai, Top Five Fuck Songs!!!

  • 05 - The Doors - Não todas, mas algumas como L.A. Woman, Five to One, Moonlight Drive, Roadhouse Blues... The End não, só serve pra suicídio.
  • 04 - HIM - Todas, a voz daquele homem é o suficiente pra me deixar louca.
  • 03 - Stooges - Várias, a principal é I wanna be your dog. Bem sugestiva essa.
  • 02 - Paradise Lost - Algumas como Requiem, You own reality, Ethernal, etc
  • 01 - Portishead - Todas, todas, todas.

Já acabou? Putz, não deu pra citar Depeche Mode (Dave Gahan, que voz, que voz!), Massive Atack... Isso sem falar nas músicas soltas pelas baladas por aí, como Soft Cell, Eurithmics, Rammestein, Sisters of Mercy (outra voz enlouquecedora) e Joy Division.
O próximo Top Five deve ser confessionário.

11.8.09

Vergonha na cara, eu tenho.

Então tá... o recesso escolar foi prorrogado em São Paulo, o Estado, como sempre, ATRASADO. Mas o atraso é de se esperar, levando-se em consideração o interesse de quem estava em jogo. Agora, na hora de voltar, a grande preocupação, a reposição. Ok, aos sábados é possível, só gostaria de saber em qual escola todos os alunos e professores comparecem aos sábados. O que se vê é meia dúzia de alunos em cada sala, enrolando pra passar o dia e sem merenda.

Agora, o Sr. Secretário da Educação diz que algumas aulas podem ser repostas na Semana do Saco Cheio. HELLLOOOOOO!!!! Isso não existe no Estado!!! Na faculdade existe, mas certamente não é algo legalmente aprovado, é 'decretado' pelos alunos. No Estado trabalhamos direto de agosto até 21, 22 de dezembro! S eo Sr. Secretário da Educaação não teve a capacidade de olhar, simplesmente OLHAR um calendário escolar, era bom que isso fosse logo providenciado. 200 dias letivos? Já foi dito que não seriam obrigatórios, mas o Sr. Secretário manda mais, e tem que mostrar isso, vai repor sim.

Uma amiga me disse que é só pra inglês ver. Não acho que inglês seja tão burro, nem eles cairiam nessa. Tem dias em que sinto VERGONHA de ser professora do Estado. VERGONHA de ter um secretário que não sabe o que é um calendário escola. Ah, e claro, se não teve a capacidade de olhar um pedaço de papel, muito menos conhece a realidade na sala de aula.

Só VERGONHA me resta.

27.7.09

A Gripe

Então as aulas recomeçam hoje, pelo menos na rede estadual de São Paulo. Acontece que por aqui tá todo mundo com medo da gripe... eu que sou alérgica não posso nem dar minhas espirradinhas em paz que já tem alguém olhando feio. Em alguns lugares acharam melhor suspender as aulas por mais uma semana, mas o Estado prefere fazer de conta que nada está acontecendo.

Desde a semana passada tá todo mundo esperando alguma posição dos dirigentes pra saber o que fazer, e foi decidido que nós, meros professores, deveremos diagnosticar quem apresentar sintomas da gripe e levar ao médico! Logo nós, que nem direito a ficar doente temos! Se nós pegamos alguma doença, geralmente vamos doente pra escola, porque a maioria não consegue atestado médico.

Não sei se o correto seria realmente adiar o início das aulas, o que sei é que algumas redes já estão optando por isso, acredito que o bom senso seguir as outras redes. Mas senso é algo bem raro na realidade educacional. O que o Estado faz é sempre passar a responsabilidade pra frente, não é om ele, nada está acontecendo. E se acontecer, a culpa é do professor, claro, mais uma culpinha não faz mal pra quem já tem tantas.

Não vai demorar muito pra algum 'datena' aparecer falando que o 'professor negou socorro', aguardem.

14.7.09

IX Festival de Inverno de Paranapiacaba

Todo ano, desde 2000, acontece por aqui o Festival de Inverno de Paranapiacaba. Quem acompanha o blog sabe o quanto gosto desse lugar. A Vila pertence a Santo André, é longe pacas, mas é simplesmente mágica, e durante o festival a magia parece maior ainda. Mas os transtornos também.

A nona edição do Festival começou no final de semana passado, dias 11 e 12. No dia 11 estive por lá, debaixo de muita chuva e frio. O local onde seriam realizados os shows ficou impraticável, tendo em vista que chovia muito e vai saber por que a prefeitura não cobriu o espaço, como nos anos anteriores. Também por causa da chuva, pouca gente se aventurou até a Vila.

Assisti aos shows do Lô Borges e do Toquinho, no sábado. Lô, com voz doce, começou o show com Feira Moderna, e uma das últimas foi Um girassol da cor do seu cabelo. Na platéia, pessoas de todas as idades, todas mesmo: senhorinhas, crianças, adolescentes, e o bicho-grilos, de várias idades também. Toquinho foi o último show da noite, e o Lira Serrano, onde se realizaram os shows, parecia pequeno para o número de gente que tinha pra entrar. Não gosto muito de bossa nova, não sou culta o suficiente pra gostar do som do Toquinho, mas ele me fez muito feliz ao tocar A Casa e O Pato, ambos clássicos presentes no disco Arca de Noé, parceria com Vinícius de Moraes. Em seguida, O Caderno, outro clássico dos tempos de escola. Não precisava ouvir mais nada, não esperei terminar. Não sei se por causa frio, do cansaço, ou da sensação de que nada mais iria superar aquilo. Foi lindo.

Final de semana que vem tem mais. Fotos aqui.

13.7.09

Ahhh, férias!

Ahhh, que maravilha... férias! Tem menos de uma semana que estou de férias, longe dessa sala aí, onde passo boa parte do meu dia. É impressionante a variedade da programação da televisão. Outro dia aprendi a colocar todas as roupas do armário dentro da mala, e sem amassar!

Constatei também que o Chaves continua firme e forte, no horário do almoço.

Hoje, diante de tanta coisa boa pra ver, e com o frio congelante que faz por aqui, dormi a tarde toda. Toda mesmo.

22.6.09

Loki - Arnaldo Baptista

O filme é uma cinebiografia de Arnaldo Baptista, membro fundador d’Os Mutantes, banda que fez história no rock nacional no final dos anos 60 e início dos 70.

Para falar do filme é preciso começar do final. Em 25 de janeiro de 2007, 80 mil pessoas presenciaram no Parque da Independência, em São Paulo, mais do que a volta da lendária banda Os Mutantes. A maior atração para grande parte daquelas pessoas era o senhor que se encontrava ao teclado, Arnaldo Dias Baptista. Era o sorriso, a voz, era ele que os verdadeiros fãs queriam. Aquele show não foi o fim da história do Arnaldo, mas provavelmente tenha sido o fim de uma série de sofrimentos, como uma ferida que enfim cicatrizava-se. Ele estava ali.

Arnaldo, juntamente com o irmão Sérgio Dias Baptista e Rita Lee, formou no final dos anos 60 a banda mais emblemática do rock nacional, Os Mutantes. Em pouco mais de uma década conheceu a fama, foi taxado de gênio pelos críticos, adorado pelos fãs e decaiu, chegando até ao esquecimento por parte das pessoas mais próximas.

Seria redundante comentar todos os feitos de Arnaldo para a música brasileira, mas trocando em miúdos, integrou nada menos do que a banda que melhor representou o espírito tropicalista, a mistura de conceitos vindos da música estrangeira com toda a brasilidade possível.

Isso tudo durante o período do regime militar, mas com muito humor, muita graça, poesia, crítica e, claro, drogas. Drogas que provavelmente o tenham afetado de forma diferente dos seus parceiros, o que desencadeou a série de conflitos vividos por ele a partir da sua saída da banda, entre 1973 e 1974.O filme conta toda a trajetória de Arnaldo, desde a infância até os dias atuais, passando por toda a fase conturbada da sua vida, suas internações em hospitais psiquiátricos, seus problemas com as drogas, o amor obsessivo pela Rita Lee, sua tentativa de suicídio, sua reabilitação e, finalmente, sua nova vida.
Toda a história é costurada por depoimentos do próprio Arnaldo e de pessoas próximas, como seu irmão Sérgio, Gilberto Gil, Rogério Duprat, Liminha, Nelson Motta, Lobão, e até de músicos do porte de Sean Lennon, Kurt Cobain e Devendra Banhart. Ao longo do filme Arnaldo pinta um quadro onde expressa através da pintura os seus sentimentos e experiências de vida, como se passasse por uma catarse, começando pela própria figura e acrescentando tudo o que lhe aconteceu ao longo dos anos.
O filme tem um ponto um pouco cansativo que é a importância que se dá a Rita Lee, que nem sequer quis dar entrevistas para o documentário. Claro que não deve se descartar sua importância na história, mas talvez essa importância tenha sido super valorizada.

Entre os momentos mais emocionantes está o depoimento de Arnaldo sobre o dia em que resolveu colocar fim à sua história, em mais uma internação. Com plena consciência o músico decidiu atirar-se da janela, numa noite de réveillon, segundo ele em homenagem à primeira pessoa que o havia internado. Meias palavras bastam. Outro momento muito emocionante é o que se segue a esse fato, quando Arnaldo conta que aquela internação e a tentativa de suicídio representaram algo bom para ele. Ali ele foi podado como uma árvore que precisava perder algumas folhas secas. Naquele momento ele conheceu sua atual mulher, Lucinha Barbosa, com quem mora até os dias atuais, na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais.

Lucinha pode ser considerada uma pessoa chave na história de Arnaldo. Surgiu quando ele mais precisou, no dia em que tentou colocar fim na própria vida, trazendo o que ele mais precisava: amor. Arnaldo começou a pintar, voltou a tocar instrumentos e reabilitou-se durante um grande período de reclusão. Volta à mídia em 2004, com um álbum produzido por John Ulhoa, do Pato Fu, surpreendendo a todos.

Em 2006 reúne-se com Sérgio e retomam Os Mutantes, agora com Zélia Duncan nos vocais. Rita se negou, como sempre. Chegamos novamente ao final do filme e como Tom Zé descreve, aquele show no Parque da Independência foi o encerramento de um ciclo, como se Arnaldo estivesse ali mostrando que conseguiu sim dar a volta por cima.Não é o fim da história de Arnaldo, mas provavelmente é o fim de uma etapa. Embora o filme tenha um clima melancólico - triste até - é a história de um vencedor que desceu aos infernos e voltou, renascido das próprias cinzas. Ainda que sejam retratados momentos tristes da vida de Arnaldo, ao longo do documentário o artista é mostrado como alguém feliz, contrastando com sua própria história.

Vale lembrar que sua obra não está disponível em nenhum catálogo. Arnaldo tem livros prontos para serem editados e muitos quadros a espera de uma exposição. Por tudo isso fica claro que a história de Arnaldo não terminou. Saí do cinema com a sensação de quem ganhou um herói, um mito, e ele ainda está vivo, por aí. Arnaldo já é um mito.

Texto publicado no Território da Música

Revisado pelo Edu :-*

17.6.09

Odeio meu nome

sIsso já não é fato desconhecido para os mais íntimos. Eu não odeio só meu primeiro nome não odeio todos os outros também que o seguem. Mas o problema hoje é só um, o que eu resolvi 'adotar' como principal, como sobrenome da pseudo fotógrafa. Minhas fotos assino como Bel Gasparotto. Até aí, tudo bem, melhor do que Bel Fernandes ou ainda, Isabel Cristina Gasparotto Fernandes. Haja foto.

Cá estou eu desde não sei que horas visualizando milhares de fontes pra, mais uma vez, tentar fazer um logo que me agrade e acompanhe de uma vez por todas as minhas fotos. Mas não queria só uma simples letra, queria uma letrinha desenhadinha, bonitinha, gracinha, fofinha, meiguinha, etc. Lá no NetFontes a gente digita a palavra que quer e as fontes já aparecem formando essa palavra. Não tem nehuma que realmente me agrade, a agora acabei de descobrir o motivo, o Gasparotto.

Desde os primórdios tempos de escola, os amigos já falavam 'Gaspa o que? Nossa, que nome é esse?' ou ainda 'Afff, que sobrenome feio'. Sem falar no 'como escreve?', no 'é com dois tês?' e ainda no 'olha, sobrenome famoso', que eu prontamente respondia, 'não, ignorante, os espíritas são Gasparetto!'.

Afinal, que sobrenome é esse???? E nem falei ainda do Isabel...

14.6.09

A Vila

Eles nem precisam falar o que querem. Viajam no meio da noite pra uma balada num mundo quase paralelo de tão longe, de tão insólito. No auge da balada vão embora sem nenhum tipo de contestação de nenhuma das partes. Eles não dizem o que querem, mas ambos sabem que querem a melhor parte da balada.

Entram no carro, o frio é de congelar, o céu é de se admirar, maravilhoso. A vila é mágica, sedutora, tem um clima sedutor, excitante. Ambos sabem o que querem da vila, na vila, mas não falam nada. Numa das ruas desertas, quase sempre desertas, param. Não há o que falar.

Desse jeito vão saber de nós dois
Dessa nossa vida
E será uma maldade veloz
Malignas línguas
Nossos corpos não conseguem ter paz
Em uma distância
Nossos olhos são dengosos demais
Que não se consolam, clamam fugazes
Olhos que se entregam
Ilegais

Eu só sei que eu quero você

Pertinho de mim
Eu quero você
Dentro de mim
Eu quero você
Em cima de mim
Eu quero você

Desse jeito vão saber de nós dois

Dessa nossa farra
E será uma maldade voraz
Pura hipocrisia
Nossos corpos não conseguem ter paz
Em uma distância
Nossos olhos são dengosos demais
Que não se consolam, clamam fugazes
Olhos que se entregam
Olhos ilegais

Depois também não há o que falar, só o que sentir. Sentir o corpo do outro, na ponta dos dedos. Ouvir os últimos suspiros na noite fria. Sentir a pele esfriando depois de tanto calor. Contemplar o céu que ainda é lindo, a lua, as luzes da vila deserta. Saber que sexo é fácil conseguir, mas o que acabou de acontecer só é possível com alguém que valha a pena compartilhar tal momento, naquele lugar, daquela forma.

Vestem-se, ela liga o carro, e voltam ao mundo real.

P.S.: Letra citada de Vanessa da Mata, Ilegais.

29.5.09

Dos escândalos e de toda a hipocrisia que permeia a educação paulista

Então tá, mais um livro 'impróprio' nas mãos das pobres e inocentes crianças. Eu li Jorge Amado na adolescência, e acho que não virei uma pessoa pervertida depois de ler a singela definição do órgão sexual feminino que ele dava em um livro, xibiu. Crescemos ouvindo palavrões em músicas, conversas, simulações bem sensuais nas novelas da globo, 'causos' do mundo cão nas emissoras por aí... qual o susto?

Ah é, a escola tem que educar. Os pais não, a escola.

Ok, não concordo com o fato de alunos da 3ª série terem recebido aquele livro, são realmente muito pequenos, mas o de poesias do Manuel de Barros, me poupe. Isso foi pra garotada de 5ª ou 6ª série, já tem bastante idade pra ter escutado de tudo e mais um pouco, e também deveria ter idade pra saber o motivo daquela palavra estar ali, entender que não é algo gratuíto, que faz parte de toda uma obra. Meninas de 5ª série engravidam por aí e temos que apresentar poeminhas infantis pra sempre? Acho que o mundo tá mudando um pouco...

Enquanto isso, continuo com a minha pose de professorinha-boa-moça, que não faz nada de errado, que não bebe, que não sai, que não curte música, que não fala palavrão, que não trepa, que não vive, só dá aula. Aliás, não dou, vendo barato, bem barato.

Eu tenho medo de acordar
E encontrar
um heterônimo no meu lugar
refém da alma que eu lhe vendi
usando o que esqueci
pra ser feliz quando eu dormia em paz

Esqueça os sonhos e tudo mais
corra e não olhe pra trás
roube tudo o que for capaz
corra e não olhe pra trás

E não se iluda, nem tudo passa
ouça o conselho que dou de graça:
cuidado com o que desejar.
Nem sempre o melhor é a verdade
O tempo é pouco pra quem não tem a eternidade
com a qual se contar.

Tragam-me a cabeça de Lester Bangs, Banzé.

9.5.09

Trilha sonora da vida

Engraçado, mas sempre me vejo como o Kevin Arnold, do seriado Anos Incríveis... tudo o que ele vivia tinha a trilha certa, e era escolhida a dedo, sempre traduzia o que tava realmente acontecendo. A minha vida também tem trilha sonora.

Como pensei nisso, por que pensei nisso? Fiquei uma semana sem meu aparelho de som e quase surtei. Mas ele voltou, e hoje numa rádio tocou uma música que me fez lembrar um dia especial, alegre demais: a primeira vez que pude ir pra domingueira, cheguei lá e tava tocando This is not America, do Bowie. Até hoje escuto a música e me vem aquela sensação boa, como se pudesse de novo sentir pela primeira vez aquele cheiro de gelo seco misturado com o cheiro do Halls que o povo adorava naquela época. Aí automaticamente vem uma lista de outras músicas e dias marcantes.

My Sweet Lord, Beatles, descendo a Dr Arnaldo, guia na mão, tentando chegar na Pompéia, no festival. Lá, eu assistiria pela primeira vez Walter Franco. I Wanna Be Your Dog, Stooges, pela primeira vez no Madame Satã. Hells Bells, AC/DC, indo pro show dos próprios, primeiro show da minha vida, por muito tempo meu apelido foi esse. Dente de Ouro, Blues Etílicos, muita cerveja e sinuca no bar perto da escola. Perto do Fogo, Rita Lee, sempre alguém insistia em cantar essa música maldita quando me via. Roots Bloody Roots, Sepultura, um show que foi tão louco que nem acredito que foi de graça, fiquei dias sem voz e com dor no corpo. Apesar de Você, Chico Buarque, muita cerveja na primeira faculdade. Welcome to the Jungle, Guns n’ Roses, primeiros cigarros perto da escola onde estudei até a 7ª série. Lithium, Nirvana, minhas várias camisas de flanela xadrez pularam muito junto comigo quando essa música tocava nos sons na casa da galera. War Pigs, Black Sabbath, manhãs de domingos na porta da igreja enquanto a missa rolava lá dentro. NIB, Back Sabbath também, um reveillon e um esmalte preto que um amigo nunca mais devolveu. Pobre Paulista, Ira!, show de graça com os meninos, povo que nunca mais vi. Wasted Years, Iron Maiden, várias tardes de sábado na Galeria do Rock com uma amiga querida. Fruto Proibido, Rita Lee, uma tarde de volta da Galeria, com o disco na mão. Gallows Pole, Page e Plant, noites no Lollapalooza. L.A.Woman, Doors, misturada com álcool, faz estrago. Enjoy the Silence, Depeche Mode, na balada cria coragem.

Mas nem tudo é perversidade na minha vida. Anuciação, Alceu Valença, domingos de manhã, arrumando as coisas pra ir pro clube com meus pais. The Prophet’s Song, Queen, feriados passados conhecendo rock na casa dos avós. Êxtase, Guilherme Arantes, eu criança, ouvindo o rádio da minha mãe enquanto ela costurava o dia todo. Crocodile Rock, Elton John, casamento do meu tio, ele se arrumando pra ir pra igreja. Tiro ao Álvaro, Demônios da Garoa, vô Antonio dedilhando um violão. Go back, Titãs, uma prima mais velha tinha o disco. São Francisco, Ney Matogrosso na Arca de Noé, bicho-grilismo infantil patrocinado pelos pais. Astronauta, Replicantes, descobrindo o punk. Voltei pra perversidade...

20.4.09

E o fato inusitado da semana foi...

... A Globo saiu do ar!!!

Madrugada de domingo pra segunda. 1h37 marcava o relógio do micro que nem sei por qual motivo estava ligado, pois eu estava corrigindo uma das milhares de atividades bimestrais das crianças. Tinha acabado de ser exibido o filme Cidade de Deus na rede Globo, quando aparece aquela voz amedrontadora dizendo: 'lamentamos informar que hoje não será exibido a Sessão de Gala. Nossa programação voltará ao normal logo mais, às 5h15'. Dá pra acreditar?

Logo depois, a mesma voz avisou sobre toda a programação do dia seguinte, apareceu o imenso simbolo na TV, depois aquelas listras coloridas e puf! Acabou tudo, só chuvisco. E eu que pensava que teria companhia noite afora na correção das atividades... até a Globo me abandonou...

Triste.

16.4.09

Da delicadeza da poesia ao duro dia-a-dia

Ou isto ou aquilo
Cecília Meireles

Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,

ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,

quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa

estar ao mesmo tempo nos dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,

ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...

e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,

se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda

qual é melhor: se é isto ou aquilo.

Eu também ando precisando escolher entre um e outro. Ou sou a boazinha, simpática e idiota, ou sou a maldosa, grossa e menos idiota. Porque hoje em dia me parece que está se saindo bem quem acumula as segundas características, afinal, ninguém vai arriscar levar uma patada de graça, nem eu. Fato que me enquadra nas pessoas que possuem as primeiras características, dentre elas, idiota. É como uma idiota que eu me sinto quando, pra evitar ainda mais conflitos no grupo de trabalho, fico quieta, boazinha e simpática. Acho que vou começar a escolher pelo 'aquilo', 'isto' não está mais me servindo.

15.4.09

Das minhas frustrações

Acho que ninguém além dos que estão dentro da sala de aula pode falar sobre as frustrações que enfrentamos todos os dias. Desde que entrei para a Educação sempre me perguntei 'por que raios os professores não tem acesso facilitado com um psicólogo?'.

Lidamos todos os dias com problemas de aprendizagem, de indisciplina, familiares, patológicos, etc. Aprendemos a contornar passando por cima de todos esses problemas, mas não resolvemos quase nenhum deles. E o pior, isso vai acarretando as nossas famosas frustrações também.

Como é que conseguimos chegar ao final de um período com um sorriso no rosto? Quase sempre eu consigo, mas me cobro demais nos dias que isso não é possível, afinal, nem todos os alunos são culpados. Corrigindo as provas de uma sala um dia desses, constatei que apenas 8 alunos conseguiram atingir uma nota 'azul', acima da média. Isso numa prova com consulta no material, onde deveria ter textos, atividades corrigidas e anotações das explicações. Como o ânimo pode resistir a um golpe desses?

Mas aí tem outras salas muito boas, que vão super bem e até além do que espero. Mas aquela é a que não me sai da cabeça. Por que diabos a frustração quase sempre é mais forte do que a satisfação? Por que não abraço os que querem ser abraçados e não largo a mão daqueles que não querem nada? Por que é com esses que a gente acaba se importando mais?

Acho que quero um psicólogo antes que precise de um psiquiatra.

10.4.09

Manual de sobrevivência em shows grandes

Esse manual pode servir pra shows pequenos, fechados também. Mas é bem mais aplicável para shows grandes, em áreas abertas mesmo.

01. Tênis é básico e necessário. Não sei porque raios alguém acha normal ir a um show de salto, por exemplo. Acredite, você vai ficar no mínimo, chutando baixo, duas horas e meia em pé. Em pém mesmo, sem encostar. Por isso, tênis. Quanto mais velho e fofinho melhor.

02. Se é da turma da cerveja vá cedo, tome todas do lado de fora. Aí a vantagem é dupla: você toma várias por um preço bem mais razoável do que as que vendem lá dentro (normalmente R$ 5 uma latinha miserável, em copo de plástico), e ainda entra a tempo de poder utilizar o banheiro químico. Logo que abrem os portões, acredite, tem até papel higiênico lá dentro.

03. Chegue cedo mesmo sem ser da turma da cerveja. Ultimamente a entrada pra qualquer show tem sido complicada devido ao trânsito e à falta de organização do pessoal. Teve show por aí que atrasou mais de uma hora pelo simples fato de ter milhares de pessoas do lado de fora, entre elas, eu. Desde então, calculo a hora pra chegar no lugar pela hora de abertua dos portões. E entrar nem tem sido o problema principal... (vide ítem 10)

04. Se não tem altura, fique longe. Pouca distância não é garantia de visão. Se tem por volta de um metro e meio, como a que vos escreve, fique longe que verá tudinho e não terá ninguém se esfregando em você. A não ser que seja essa a inteção.

05. Não marque de encontrar niguém no show, nem tente encontrar alguém. Não vai conseguir.

06. Esqueça a fome. Qualquer coisa miserável custa os olhos da cara e não há fome que não dê pra aguentar até a volta. No caminho sempre tem um santo habbibs.

07. Não sabe a letra não cante, escute apenas, por favor.

08. Show não é lugar de pegação. Ninguém aguenta nego chato no ouvido quando se está pagando muito pra ver um show.

09. Maquiagem, perfume, chapinha, laquê, baby liss... nada disso resiste até o final do show. Quando ele acaba, estamos todos com cara de farrapos humanos, mas muito felizes, claro.

10. Pegue o set list do show anterior. Quando começar a última música, vá para perto da saída. Em São Paulo virou moda uma palhaçada de não ter saída pra todo o público, aí vira uma muvuca imensa, ninguém sai, ninguém anda e todo mundo se aperta. Um inferno.

30.3.09

Enquanto o mundo não acaba

Depois de um final de semana bacana, lá vou eu pra escola de novo. Essa semana nós, de SP, deveríamos estar saltitantes, pelo menos uma boa parte, afinal, saiu o famigerado bônus por desempenho. Mas a realidade não é bem essa. Embora o meu dinheirinho caia lá, e devo dizer, foi até mais do que eu esperava, isso não resolve nem uma pequena parte dos meus problemas. Vamos ao que realmente tem me incomodado.

Estamos terminando março, meio do primeiro bimestre. Daqui um mês tenho que fechar notas, e se fizesse isso hoje, mais ou menos 70% dos alunos ficariam com nota vermelha. Eu, exisgente demais? Não. O fato é que ao menos onde leciono, parece que foi combinado entre os alunos que lição é coisa do passado. Lição de casa, então, nem pensar. De uma sala de 40 alunos, 6 me apresentaram a tal da lição de casa. Os exercícios que eles fazem em sala de aula tem um ibope maiorzinho, em média 30 alunos fazem algo.

Poderia deixar o circo pegar fogo, deixar a bomba estourar mesmo, e estou cada dia mais tentada a fazer isso. Aí, no dia do conselho, as professoras que apresentam mais notas vermelhas são as incompetentes. Mas já tô até preparada pra ouvir isso dentro de um pouco mais de um mês.

O governo criou a tal apostila do aluno, e eu nem reclamo, pelo contrário. Ali tem exercícios bem dinâmicos, muito bacanas mesmo. Uma pena o fato de eu não possuir nenhum artifício para que eles realmente façam o que é proposto ali. Afinal, o aluno que não faz nada, absolutamente nada, mas está todo dia presente na sala, é aprovado automaticamente. Automaticamente sim, da quinta série até a oitava ele vai sem nem ao menos precisar abrir o caderno, feliz da vida. Chega na oitava série reprova uma vez, no máximo. Ah, sim, reprova é culpa do professor, que não pegou na mão do infeliz e não obrigou a fazer nada.

Aí resulta num primeiro ano do ensino médio que eu tenho. Boa parte não sabe ler. Escrever então, esquece. Vontade de participar da aula oralmente, afim de conseguir alguma nota também é pedir demais. Quando eles estão na sala, as paredes geralmente me dão mais atenção. Claro, culpa minha, somente minha.

Outro dia um encostou um estilete no pescoço do colega, dentro de uma sala de aula. Adivinha? Ele está lá, normalmente, como se nada tivesse acontecido. O outro mordeu uma professora no ano passado. Não preciso falar que o menino continua lá. Alunas se xingam pelos nomes que acho que não escutaria nem numa briga dentro de um puteiro, alunos comentam cenas de filmes adultos durante as aulas, e o xingamento mais frequente na maior parte das salas é 'macaco'. O que podemos fazer? Esperar que o mundo acabe, nada mais. Infelizmente vai demorar, enquanto isso tento ensinar história e um pouquinho de civilidade para alguns poucos interessados.

Poucos.

24.3.09

Music Non Stop

Nem só de trabalho vive a professora. Aliás, tenho me sentido ultimamente como alguém que levanta, trabalha, malha e deita. Mas o post não é sobre isso.

Domingo fui ao show do Kraftwerk e do Radiohead. Devo dizer aqui que comprei o ingresso só por causa do Kraftwerk, o Radiohead pra mim vinha de sobremesa. Na última vez que eles estiveram no Brasil, num festival também, eu me desesperei, não pude ir por vários motivo$. Dessa vez comprei o ingresso lá no começo do ano, quando começou a vender mesmo. Devo dizer também que foi um dos show mais emocionantes que eu vi na vida. Não pelo show, pela performance, nada disso. Mas simplesmente pela emoção de ver os caras lá, tocando aquelas músicas que eu achei que nunca fosse ver ao vivo, músicas que eu nem me lembro mais como e quando comecei a ouvir. Ah sim, ouvi pela primeira vez na saudosa MTV dos anos 90, aquela que iniciava as atividades ao meio-dia. Sim, essa é uma das bandas que conheci e fui atrás sozinha, garimpei fitas aqui, ali, e com o advento da internet pude fazer a coleção inteira deles.

O show durou uma hora aproximadamente, só clássicos, e eu dancei como uma louca. Quando acabou ficou aquela sensação de vazio, cheguei a pensar que nem queria ver o Radiohead. Por sorte estava com meu irmão e cunhada, que não queriam ir embora.

O Radiohead? Bom, foi bom sim. Puta performance no palco, o disco novo, que eu não tinha escutado, é bom demais, com umas batidas super diferentes, nada deprê como Creep, por exemplo. Thom Yorke tem uma presença de palco incrível, dança freneticamente o tempo todo, louco demais. Pequeno, com aquela voz fina, estranha, ganha a cena, prende os olhos de todo mundo.

Ah é, teve Los Hermanos antes. Na boa, eu gosto bastante do trabalho deles, mas essa história de banda que acaba e volta é patifaria. mais patifaria ainda é voltar só pra fazer aquele show. Quem eles pensam que são, o Pink Floyd? Enfim, não achei nada bacana, parecia que o público tava com muito mais gás que a banda. O repertório foi bem médio também.

Sem dúvida, o show da noite, pra mim, foi do Kraftwerk mesmo. Só faltou uma coisa, quero dizer, uma pessoa, que atualmente faz muita falta, acho que acostumei com a boa companhia em todos os shows. Acostumei e acostumei mal. Que venha o Kiss!

17.3.09

Vergonha alheia

Poderia se chamar também 'O dia em que afirmei que começo a ter vergonha de falar que sou professora'

Primeiro, no final do ano passado, a famigerada 'provinha' para os professores contratados. Sinceramente, no primeiro concurso que prestei no Estado passei, e hoje sou professora titular de cargo desde 2006, na rede estou desde 2002. E eis que teve gente que, com 15, 20, 25 anos de sala de aula, teve a capacidade de zerar a nota da 'provinha'. Recurso vai, recurso vem, a nota foi deixada de lado, a atribuição seguiu como se nada tivesse acontecido, e a ilustríssima secretária da educação soltou uma cartinha com um tom de 'a minha vingança será malígna'. Ok, próximo probleminha.

Essas malditas apostilas que o governo resolveu mandar pras escolas. Ele tem lá suas razões, afinal de contas, tem um povo aí aposentando que zera numa prova de conhecimentos da própria disciplina que leciona. Enfim, o fato é que desde o ano passado essas apostilinhas contém alguns errinhos, tais como ensino com C, Idade Média no século XIX, e agora, na mídia, fresquinho, a América do Sul sem o Equador e com dois Paraguais. Além do mais, nem todos os alunos receberam a tal apostila, eu mesma tenho uma sala que não tem. Não queria justificar, mas sou obrigada a dizer que a rede tem os profissionais que merece mesmo. Não queria principalmente porque sou uma delas, e, sem humildade, sou muito professora. Sim, preparo aula, atividades diferenciadas, busco informações novas, soluciono dúvidas, indico sites, livros, filmes.

Ah, ainda tem o problema da infra estrutura das escolas. Minha nossa, tivemos janeiro inteiro, metade de fevereiro, e agora, AGORA, estão fazendo uma reforma na escola em que leciono. Aquela poeira, aquele bate-estaca o dia todo, aquele cheiro de tinta. Sabe como é? Pois é, um ambiente super propício para o estudo.

E nem comentei que qualquer profissional por aí, com um nível técnico, recebe um salário maior do que o meu. Não tô comentando de salário não. Tô comentando da situação cada vez mais ridícula em que o ensino no Brasil está sendo colocado. Ridículo. É desanimador saber que ainda tenho tantos anos pela frente, e saber que é muito pouco provável que um dia isso melhore. Se não piorar, acho que já me dou por satisfeita.

9.3.09

Inferno Astral + o tal do Retorno de Saturno

Já escrevi tempos atrás aqui que nunca fui daquelas meninas que compravam revistas de horóscopo, nunca nem lia no jornal, sempre achei uma grande palhaçada tudo isso. Mas tem coisas que acontecem que fazem a gente pensar e aceitar certas coisas. Por exemplo o tal do inferno astral:

Segundo o astrólogo Eduardo Maia, o "Inferno Astral" só acontece quando não percebemos que precisamos sair do palco para contemplar mais o mundo e nos desapegarmos, em benefício daqueles que precisam de uma ajuda emocional ou prática. "É um período de ser instrumento para o bem dos outros e não estar tão preocupado com causas próprias", afirma. Como isto geralmente não acontece, vem a angústia, o vazio e a sensação de desorientação.

E o Retorno de Saturno:

Entre os 28 e 30 anos de idade, ocorre o primeiro retorno de Saturno, ou seja, o planeta em trânsito se posicionará no mesmo local em que ele estava no momento de nascimento da pessoa e iniciará uma nova volta em torno do zodíaco.Novamente, como em todo trânsito de Saturno, ocorre um doloroso rito de passagem, envolvendo responsabilidades, desta vez maiores do que nunca. A partir deste período, muitas coisas que antes eram parte de uma gama de opções se tornam definitivas. É o momento de determinar o que vai dar impulso aos próximos 28 anos e tudo o que é decidido tem sua repercussão e conseqüência.
Este período representa também o fechamento sobre todo o passado de dependência familiar, uma liberação final de tudo que ligava às servidões da infância e da adolescência, uma aquisição definitiva de autonomia. É o ponto final do caminho de relaxamento de responsabilidades dos pais sobre os filhos.

Deve ser isso. O cansaço, o desânimo, a falta de paciência que tem me atrapalhado nos últimos dias. Sem falar na crise da idade. Toda hora paro, penso: 'meu deus, quase trinta, o que ainda estou fazendo aqui na casa dos meus pais?' Tem também a minha crise financeira particular: 'sou professora, nunca vou ganhar mais do que eu ganho, que na verdade, é o que muitas pessoas sem uma faculdade ganham, e eu tenho duas, pra que estudei tanto?' Tem ainda a crise do profissionalismo: 'onde é que tô errando, por que raios aquele aluno não faz o que eu peço, por que aquele outro escreveu 'vaca' ao lado do meu nome no cartaz na sala de aula, e por que eu me preocupo tanto com um ou dois se a maioria me agrada, por que nos apegamos ao que não dá certo?'

Afff, quantas crises...

Ouvindo no rádio Transmission, do Joy Division. Parece uma trilha sonora mesmo. Tô me irritando já com as coincidências.

2.3.09

Eu e o acordo ortográfico

Eu lembro quando ninguém tinha telefone celular. Durante a minha infância, nem telefone fixo nós tínhamos. O telefone em casa foi instalado por volta de 1998, depois do último plano de expansão (!!!), quando os preços das linhas cairam vertiginosamente. Telefone celular eu comprei quando trabalhava e estudava o dia todo, mas já tava no final da faculdade, lá pra 2000, 2001.

Pesquisa escolar era feita na biblioteca. E era emocionante, afinal, era uma desculpa para ir ao centro da cidade sozinha, sem os pais. Na biblioteca tinha o pessoal muuuuuito mais velho, do colégio. Aí a bibliotecária entregava o livro com o tema que pedíamos (como ela sabia onde tinha tudo?) e íamos lá, copiar tudo, palavra por palavra, e com lápis, não podia usar caneta lá. Um dia descobrimos que havia uma máquina de xérox no andar de cima, mas tinha que subir escondido, com o livro mais escondido ainda. Aí veio a tar da interrrrnete e acabou com os problemas dos estudantes. A maioria nem sabe mais pra que servem aquelas mesas nas bibliotecas públicas.

Lembra do Correio? Ele ainda existe, mas hoje se ocupa de entregar aquelas correspondências indesejáveis, todos sabem quais são. Mas teve um tempo em que eu mandava cartas, pra várias pessoas. Pegava uma folha de caderno, escrevia, escrevia, escrevia, desenhava, dobrava, colocava num envelope, desenhava no envelope também, ia até o correio, colava o selo e lá ia minha cartinha. Uma semana depois a minha resposta estaria no portão. Mais uma vez, a marvada interrrnete veio e acabou com o barato. Não reclamo dos e-mails, mas pelo menos não recebíamos cartas com orações, pedidos de ajuda, casos mirabolantes da noite de são Paulo, nada disso.

Sim, o computador, esse mesmo, na sua frente. A primeira vez que usei isso foi no primeiro ano da faculdade, em 1998. Mas mantive a minha máquina de escrever por um bom tempo. Na faculdade tinha um monte de laboratórios (na verdade só 3), todos com acesso à net, um luxo. Não demorou pra eu viciar naquilo e matar aula pra ficar no bate-papo do uol. Logo consegui comprar o meu.

Música também mudou um pouquinho... lembro da época em que começaram a vender os tais cds. O primeiro cd que eu comprei eu nem tinha o aparelho pra tocar ainda. Lembro de ter comprado alguns discos novos, na loja. É, disco de vinil. Comprei muitos usados também. Hoje acabo não comprando nada, baixo tudo o que eu quero. Era uma briga pra achar 'aquele' disco. Hoje você entra na comunidade Discografias, no orkut, e tem tudo lá, tudo mesmo.

Será que já não vivi inovações demais não? Ainda vou ter que presenciar o novo acordo ortográfico mesmo? Me deparei com isso hoje, ao escrever no meu plano de aula da sexta série: Contrarreforma. Minha nossa! Contrarreforma é de doer. Outra coisa que ainda tá doendo é autorretrato. E o Word não tem atualização, e nem tá com muita pressa, pelo o que andei lendo. Nós professores podíamos ao menos receber uma capacitação gratuíta né?

Quase 29 anos, quase quase mesmo. Quantas coisas ainda vão mudar desse jeito? E nem comentei da fotografia, heim?

4.2.09

Chuva

Choveu agora no final da tarde... sabe aqueles dias tristes? Pois é, hoje foi um dia triste. Acho que é o fim das férias chegando, pouco mais de um mês pro aniversário, velhice. Ou é só chatice mesmo.

Muitas perguntas
Que afundas de respostas
Não afastam minhas dúvidas
Me afogo longe de mim
Não me salvo
Porque não me acho
Não me acalmo
Porque não me vejo
Percebo até
Mas desaconselho...
Espero a chuva cair
Na minha casa, no meu rosto
Nas minhas costas largas
Espero a chuva cair
Nas minhas costas largas
Que afagas enquanto durmo
Enquanto durmo...

(Enquanto Durmo, C. Oyens e Zelia Duncan)

27.1.09

Eu, jornalista?

Pois é. Já tem um tempo que ando me dizendo fotógrafa, botando a maior banca, tipo cachorrinho vira-lata perto de dog alemão, saca? Mas já fiz algumas coisas por aí... fiz a resenha do show do Ozzy no ano passado, fiz também foto e resenha do show do POD, mesmo não gostando... mas nesse domingo foi a glória. Vou explicar o motivo.

Primeiramente, o show foi o do Língua de Trapo, no SESC Santo André. Um dia antes teve Cachorro Grande e Autoramas no SESC Pompéia, fiz também a cobertura, mas não foi tão bacana. Sabe por quê? O Laert Sarrumor, líder e vocalista da banda Língua de Trapo publicou hoje, no blog da banda, um comentário sobre a matéria. \o/

Nem é grande coisa, acho até que muitos nem conhecem a banda. Mas pra quem ouve os caras, segue a carreira deles, e não manja nada de nada, até que foi um grande passo! Passo que só foi possível graças ao jornalista, sem ele o texto teria ficado um lixo, tipo esses que publico por aqui. E sem ele, também, provavelmente não estaria indo a tantos shows, aprendendo na marra a fotografar. Já disse num post anterior aqui... sei lá quantas vidas ainda tenho, mas devo algumas pra ele.

Bom, aproveitem e vejam a matéria no Território da Música, as fotos que eu e o Edu tiramos, e baixem algumas músicas deles, vale a pena. Ah, já que tô fazendo o merchan, então aproveitem pra ver todas as fotos desses shows todos no meu flickr e no do Edu também.

22.1.09

Vila Maçarico

Mora em Santo André? Ou na Zona Leste de São Paulo? Se sim, vá até a janela, procure pela chama que não se apaga nunca. Viu? É ali perto que moro. Ou aqui perto? Enfim. Essa é uma das mil e uma noites de suspense no meu quarto. O barulho que não pára desde o fim da tarde, a janela de alumínio vibra de vez em quando. O céu, nublado, derramando uma garoa fininha, reflete o amarelo do fogo. Se alguém vier do centro até aqui e passar pela Avenida dos Estados e Avenida Costa e Silva, poderá sentir o calor que vem da chama mesmo dentro do carro ou do ônibus. Às vezes ouvimos também um barulho que lembra um caminhão enorme subindo uma ladeira, com força total.

Não é toda noite assim. Geralmente não é. Mas é estranho quando crescemos passando por isso, e o que pode ser um absurdo pra você que está lendo, pra mim já é só uma noite mais difícil pra dormir.

Quando criança achava que um dia tudo isso voaria alto, acho que isso fazia parte do nosso imaginário, de todas as crianças que cresceram aqui. Naquela época, algo ali soltava umas espumas pelo ar, tipo aquelas de sabão em pó, que voavam por todos os bairros vizinhos, Jardim Ana Maria, Parque Novo Oratório, Parque Capuava, Jardim Sônia Maria. Caía nas roupas no varal e manchava. Sabe Deus o que era aquilo. Hoje não solta mais nada 'visível'. Só 'inalantes' e esse barulho dos infernos.

Se a Petroquímica explodir, até onde vai acabar? Crescemos com essa pergunta nunca respondida pelos adultos. Hoje, adultos, perguntamos: Quando ela vai explodir? Quando esse barulho maldito vai acabar? E o meu ingresso pro Kraftwerk nem chegou ainda, putz...

16.1.09

Music non stop!!!

Então o ano começou pra mim. Sim, começou proque nessa semana comprei o ingresso pro Radiohead. Na verdade nem ligo muito pro Radiohead, só quis ir mesmo quando soube da abertura do Kraftwerk. Esse foi o primeiro ingresso que comprei em 2009, o primeiro de muitos, pelo o que os meios de comunicação noticiam. Tem algumas coisas que não tem preço pra mim, uma delas é um show.

Pessoas ao meu redor não entendem isso, mas é algo que só quem gosta, quem não vive sem música entendem. Não tem preço ver os caras ao vivo, ainda que seja pelo telão, são eles lá, eu sei. Pensando nisso, tentei fazer uma lista de bons shows que vi no ano passado, mas seria muito grande e cansativo. Resolvi fazer o Top Five com os melhores e mais marcantes. Lá vai:

5 - Casa das Máquinas, na Virada Cultural
4 - Ozzy Osbourn
3 - The Cult
2 - REM
1 - Queen

Foi difícil chegar nessa lista. Em vários outros que fui teve um fator muito agradável, que foi a companhia. Jene Loves Jezebel, Echo & the Bunnymen, Ney Matogrosso, Violeta de Outono, Adriana Calcanhoto. E o Whitesnake, e o Judas Priest? Sim, gosto muito variado o meu, o que complica bastante, afinal, quero ir em todos os lugares ao mesmo tempo. Tomara que esse ano seja tão bom quanto foi o que passou. E que venha 2009!!!

14.1.09

Mulherices?

Acho que tô com saudade do meu fotolog, onde eu podia simplesmente colocar uma foto e pronto. E é isso, depois de tanto tempo, uma foto.