30.1.10

Ruas refletidas


Ruas refletidas
Upload feito originalmente por Bel Gasparotto
Sem modéstia agora, acho que fiz a melhor foto da minha vida.

O rádio fala comigo, eu tenho certeza.

ESPERANDO AVIÕES
Vander Lee


Meus olhos te viram triste
Olhando pro infinito
Tentando ouvir o som do próprio grito
E o louco que ainda me resta
Só quis te levar pra festa
Você me amou de um jeito tão aflito

Que eu queria poder te dizer sem palavras
Eu queria poder te cantar sem canções
Eu queria viver morrendo em sua teia
Seu sangue correndo em minha veia
Seu cheiro morando em meus pulmões
Cada dia que passo sem sua presença
Sou um presidiário cumprindo sentença
Sou um velho diário perdido na areia
Esperando que você me leia
Sou pista vazia esperando aviões

Sou o lamento no canto da sereia
Esperando o naufrágio das embarcações

26.1.10

Amanhecer na Praia dos Ranchos - Trindade

Em HDR. Difícil voltar à realidade de Santo André, viu...

20.1.10

Mais pequenos prazeres

Em Santo André chove torrencialmente. Agora já não tanto, mas pouco tempo atrás ruas inundaram, carros parados e perdidos por todos os lados. Todo dia agora é isso. Assim como todo dia também meus pais brigam e me fazem pensar como a vida a dois, debaixo do mesmo teto, deve ser impossível ao longo dos anos. Sinceramente, pensando rapidamente, não consigo pensar num casamento que durou muito tempo. Tô falando de casamento onde o casal vive junto e bem, e não apenas dorme junto, no sentido literal da palavra.

Cheguei agora em casa, todos dormindo, no escuro da sala eu sento pra aproveitar aqueles pequenos momentos, pequenos prazeres que me permito quando estou sozinha. Luz apagada, som dos pingos caindo no chão já encharcado. De vez em quando um vento balança as árvores na frente de casa, são muitas e fazem muito barulho, é maravilhoso. Um som baixinho vem do quarto do meu irmão, alguma música, acho que da Ceu. A única luz é essa, a que vem da janela da sala, fornecida pelas lâmpadas da praça que acabaram de ser consertadas.

Um pouco triste, um pouco melancolica, uma dor de cabeça infernal. Acho que é a dor de cabeça só.

14.1.10

PARANORMAL SCRIPTEASE

Pra quem viu Atividade Paranormal e odiou como eu, esse vem nos redimir!

13.1.10

Um pouco de sentimento hoje

Essa música já não é nova, faz um tempo que venho escutando nas rádios, mas eu adoro a letra dela. Tão simples, tão profunda, e tão eu. Gosto demais!

SENTIDOS
Christian Oyens/Zélia Duncan

Não quero seu sorriso
Quero sua boca
No meu rosto
Sorrindo pra mim
Não quero seus olhares
Quero seus cílios
Nos meus olhos
Piscando pra mim
Transfere pro meu corpo
Seus sentido
Pra eu sentir
A sua dor, o seus gemidos
E entender por que
Quero você!
Não quero seu suor
Quero seus poros
Na minha pele
Explodindo de calor

12.1.10

Variação sobre o mesmo tema

Cidade Baixa

Mais uma variação do mesmo tema: dois amigos, uma mulher. Lázaro Ramos e Wagner Moura são Naldinho e Deco, donos de um barco e trambiqueiros de primeira. Dão carona a uma prostitura, Karina, que acaba envolvendo os dois, que são amigos de infância e garantem, entre brigas e ciúmes, que não é uma boceta (isso mesmo que dizem, não sou eu, ok? rss) que vai separá-los. O filme deixa em aberto várias questões, amizade, amor, tesão.

Além da história que prende (mas não muito), tem a fotografia, impecável. Cores e enquadramentos lindos, dramáticos como o filme. Isso sim, na minha opinião, é o melhor do longa, a fotografia. De resto, meio que 'mais do mesmo'.

9.1.10

Pequenos prazeres bobos

Agora é 1h30m da manhã. Quem acompanha o blog sabe que moro na casa dos meus pais. Agora estão todos dormindo e é a hora em que posso me permitir meus pequenos prazeres, e são coisas tão ridículas que precisavam mesmo de um post.

Andar descalça pela casa, já tenho quase 30 anos, sei que vou sujar o pé e sei que não vou ficar doente coisa nenhma, isso era só pra não sujarmos os pés.

Aproveitar e deitar no sofá da sala, de camisola, sem me preocupar se tem algo aparecendo. Melhor ainda de camisola e sem calcinha.

Respirar o ar puro de quando meu pai não está por perto, o homem é uma chaminé.

Ouvir o silêncio de quando minha mãe não está por perto pedindo/reclamando/pergundando sobre as coisas mais variadas.

Fazer xixi com a porta do banheiro aberta (sonho em ter uma casa pra fazer isso todo dia, será algum fetiche doentio? Não gosto que me vejam, só não gosto das portas fechadas).

Ligar a TV em qualquer canal, pode ser aquele de leilão de jóias, ou de vendas de eletrodomésticos, só pra olhar o colorido, sem ninguém reclamar.

Sentar-me a mesa da cozinha, com o micro, digitar um texto, sem ninguém fumando, falando, gritando, brigando, só o som dessas teclas e do meu irmão afinando o violão no quarto fora de casa.

Será que isso tudo é tão absurdo? Preciso sair de casa.

7.1.10

Sem palavra

Sou uma mentirosa, sem palavra. Acabei de ver o filme de hoje, poucas horas após dizer que não assistiria nada.

No olho do furacão

Assim como o ABC da Greve, esse também é um documentário originado durante um estudo para outro filme. Toni Venturi (que depois dirige Cabra-Cega) e Renato Tapajós investigam e entrevistam pessoas que estiveram na linha de frente da luta armada durante a ditadura militar brasileira. Quatro pessoas contam como era seu cotidiano durante a guerrilha, pequenas coisas como amizades, festas, pequenos prazeres, as dores dos primeiros assassinatos, tudo é contado pelos entrevistados. Relatos sobre torturas são poucos, até porque a filmografia e literatura sobre o tema são vastas. Interessante demais ver uma senhorinha, vovozinha mesmo, contando que fazia sequestros e coisas do gênero. Nenhum deles se arrepende de nada e levam uma vida aparentemente normal.
Sinceramente, nem sei se esse documentário foi lançado comercialmente, o que eu tenho é uma gravação da Senac TV. Maravilhas da internet no nosso lar.

Se gosta do tema, assista Cabra Cega também, o produto final dessas entrevistas. Filme muito sensível sobre a guerrilha, com uma trilha sonora sensacional, da Fernanda Porto.

6.1.10

Pausa?

Hoje acho que não quero ver nenhum filme não... momento de instrospecção.

in.tros.pec.ção
[Do ingl. introspection.]
S. f.
1. Observação da vida interior pelo próprio sujeito; exame que alguém faz dos próprios pensamentos e sentimentos.

Primeira conclusão:
Preciso mudar de emprego, mas não sei nem por onde começar. Nem sei o que mais eu sei fazer além de lecionar. Aceito dicas.

Nome Próprio

O motivo pra eu ter baixado esse filme é estranho, mas vamos lá. Ouvindo rádio conheci uma música muito bacana, chamada Nome Próprio, mesmo nome do filme, de uma banda chamada Porcas Borboletas. Fuçando por aí, descobri que a música havia sido feita para o filme, protagonizado pela Leandra Leal, que também tem participação em algumas músicas do álbum. Sem mais nem menos outro dia 'tropecei' no filme num site, e baixei.

O que posso dizer? É a história de Camila, uma garota que vive intensamente, cria situações afim de ter história para escrever em seu blog, que pretende transformar em livro. Nunca gostei muito da interpretação da Leandra Leal, ela é linda, mas nunca curti muito não. Nesse filme parece que ela amadureceu bastante, parece que tá perdendo o jeito de 'menininha', conseguiu dar um ar mais 'puta' pra personagem. Mas ainda assim é uma puta bem meiguinha, rss.

Nome próprio me lembra muito outro filme, chamado Nina. Personagens complexas, que lutam pra ir contra a sociedade, pelo direito de viver fazendo arte, quase marginal. O filme só peca no fim, que me pareceu vazio demais, parece que acaba no nada. Se interessou? Segue abaixo o clip com algumas imagens do filme e a música que citei lá no começo, do Porcas Borboletas.


5.1.10

E o filme de hoje é...

Segunda-feira, nada melhor do que ir ao cinema, certo? Mas veja bem, escolha o filme certo...

Atividade Paranormal

Fraco. Pra quem já assistiu e adorou filmes como O Exorcista e Potergeist, francamente, o filme não causa nada além de cansaço. Vamos apontar os problemas: não tem argumentação, algo acontece, mas o que, por que e pra que, nada disso é apontado; não tem a pitada de realidade que Bruxa de Blair, por exemplo, tem; não tem cenas impressionantes, amedrontadoras, onde, sem ver, sentimos o mal por perto, como e O Exorcista. Pô, o cara não gastou nada com o filme, foi rodado todo dentro da casa, com uma filmadora doméstica, contratou atores medíocres, poderia ao menos ter cuidado melhor do roteiro... Ah, a história? Um casal em que a mulher é atormentada por uma força do mal desde a infância, e o homem substima tal atormentação, e compra uma filmadora pra registrar os tais fenômenos. Sinto muito, tem que caprichar muito ainda se quer tentar fazer uma versão alternativa de Bruxa de Blair.

4.1.10

PROJETO UM FILME POR DIA, OU DOIS

Ontem foram dois, a noite tava mais quente que o inferno, não conseguia dormir. Melhor aproveitar o tempo...

9 Songs

Filme não recomendado para menores e pessoas com falsos pudores. Trata-se, de forma muito geral, de muito sexo com música. O filme mostra a relação de um casal que se conhece num show, e as cenas vão intercalando um show, uma (como dizer sem ser vulgar) trepada. Mas o bacana mesmo é como o sexo é mostrado, explícito, mas sem ser vulgar, o que diferencia o filme de um pornô. Sim, é um filme adulto, tem cenas fortes e definitivamente não é um filme pra ser assistido em família. Mas é bem bacana.

O sono não veio, resolvi assistir outro.

ABC da Greve

Esse eu tinha baixado faz tempo, e não tinha visto ainda, sei lá por qual motivo. O documentário retrata as greves no ABC paulista no final dos anos 70, exatamente no momento em que Leon Hirzman, o diretor, fazia pesquisa de campo para o filme Eles não usam black-tie. O filme não foi lançado na época, precisou ser restaurado para só então chegar ao público em 1990. Claro que contou aí o sentimento 'bairrista', afinal, é demais assistir a um filme todo rodado aqui, no ABC, onde moro desde que nasci. Conta também o fato de ter crescido ouvindo falar sobre essas greves, e sobre a ascensão no nosso atual presidente, o Lula. Ótimo documento histórico!

PROJETO UM FILME POR DIA

Chegou o período das férias e como não viajei, o tédio me consome. O ano foi tão cheio de projetos na escola que resolvi seguir na mesma linha e implantei o ‘Projeto um filme por dia’. Como tudo, já comecei meio errado, então hoje vou postar os dois que já assisti, afinal, a idéia original é falar sobre cada um dos filmes no dia seguinte.


Dia 01/01 – De Olhos Bem Fechados


Eu sei, eu sei. Eu fico com vergonha de não ter visto esse filme até então, mas antes tarde do que nunca. E como vivi tanto tempo sem vê-lo? As cenas são mais envolventes do que a história, e tem uma trilha sonora maravilhosa. Incrível como numa tomada é possível saber todo o estado de espírito do personagem, sem ele nem ao menos esboçar uma palavra, truques de Kubrick. Destaque, lógico, para a cena da ‘festa privada’ num castelo. Se não sabe do que falo e se interessou, precisa ver!


Dia 02/01 – Amarelo Manga


Nacional com Matheus Nachtergaele acho que não tem lá muito o que errar. O filme retrata o dia-a-dia massacrante de gente simples de Recife. “Dia após dia e não pára nunca’, diz a personagem principal. Agora, sejamos francos: alguém aí já viu um filme em que a Dira Paes não faça papel de vagabunda? Veja bem, nada contra as vagabundas da Dira Paes, pelo contrário, são todas ótimas. Se não consegue imaginar a mulher de outro jeito, assista, vale a pena. Aliás, só pelo Nachtergaele já vale a pena.