4.3.08

No café

- Luiz perguntou de você no sindicato. O que, de fato, aconteceu? De onde se conhecem, afinal?
- Nada. Três dias no congresso e nada, apenas litros e litros de café, tentando falar com ele, mas não trocamos nem dez minutos de conversa.
- Ele contou de outro jeito essa história. Disse que aconteceu algo entre vocês, mas não entrou em detalhes.
- Aconteceu. Pensa que é fácil, três dias procurando assunto pra falar com alguém, com copos e mais copos de café, pensando em começar a fumar pra ter desculpa pra chegar perto? E o remédio que fomos levar no chalé dele, depois da 1h da manhã?
- Não conversaram? Nada? Que tá acontecendo com você? Você não era assim...
- Não sei. Tô cada dia mais tímida, mais sem atitude diante dessas situações.
- Mas agora ele tá atrás de você, já sabe até a escola em que você está.
- Mas depois de tanto tempo já passou a vontade. Não quero mais. Nisso ainda não mudei, quero, tento, espero, não consigo, desisto. A fila anda, bola pra frente.
- Mas você anda diferente, por isso pensei que fosse o Luiz.
- Ah é, mas o amor platônico continua sendo meu forte.


Pra ler ouvindo Timidez, do Biquini Cavadão, versão da Penélope, que é mais legal.
Na verdade nada esconde essa minha timidez...

Um comentário:

Mila disse...

Ah...
Li primeiro a outra parte da história.
Agora imagino mais ou menos o final da história.

***
Amo Penélope! Procurei os CDs delas por quase 10 anos até conseguir comprar.
Uma das melhores bandas nacionais que eu já ouvi.