Numa tarde comum, quente, quando a ela saía da escola, ele a esperava na porta. Não dava pra fugir.
- E se a gente fosse tomar alguma coisa, pra conversar sobre o que aconteceu?
Ela não resistiu, foi. Sentaram-se na mesa de uma padaria, pediram uma cerveja. Antes de terminar a segunda, pediram a conta. 15 minutos depois estavam num quarto, à meia luz. Ouviu a chave girando atrás dela, as mãos suando, como sempre.
Abraçou-a por trás e começou a tirar sua roupa. Com suas mãos no cabelo dela, puxando-os, decidia o que fazer e o que ela deveria fazer, controlava-a. Queria fazer daquela noite algo inesquecível para aquela mulher que acreditava ter acabado de conquistar. Iria dominá-la.
Ela não ofereceu resitência alguma, divertiu-se com seu jeito, entrou na brincadeira. "Só em pensamentos isso teria acontecido até então", pensou enquanto ele prendia suas mãos para trás com seu cinto. Permitiu-se viver suas fantasias, a loucura já estava feita.
Chegaram ao final quase juntos, numa sintonia que ela nunca havia experimentado. Ele se deitou sobre peito suado dela, ambos ofegantes, trocando delicadas carícias. De repente se ouviu um silêncio tão ensurdecedor quanto a fala que o sucedeu:
- E agora, "professora"?
Dias atrás já não a chamava mais assim. A pergunta desconcertou-a.
- Como assim?
- Ainda somos aluno e professora, seremos até o final do ano. Como vou te encarar na sala de aula? Manter distância, prestar atenção na aula com você em pé, na minha frente, depois do que aconteceu aqui? Não sei se consigo.
- Eu também não sei.
Tomaram banho, cada um foi para a sua casa. Ela levou quase uma semana pra conseguir contar pra amiga mais íntima. Ele ficou uma semana sem aparecer naquela aula.
Para quem não entendeu, as outras partes da história estão aqui:
45
45 (último ato)
3.3.08
45 (Entreato)
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Um comentário:
Vou correr pra ler as outras partes.
Agora quero saber como começou. rs
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