23.6.10

Abraçoterapia

Então eu voltei a trabalhar.

Trabalhar numa escola do Estado de SP é uma missão. Missão impossível sem o Tom Cruise. Segunda voltei, toda serelepe, até feliz pois estava reencontrando pessoas que gosto muito, tanto colegas de trabalho quanto alunos mesmo. As colegas me deram uma força imensa durante o período que fiquei em casa, ficaram me ligando todos os dias, e isso me fez muito bem. As crianças... a maioria deles eu convivo já pelo terceiro ano. Quando pensamos nisso, vejo que eles são tão próximos de mim que tenho medo do dia em que não nos veremos mais. Os conheci ainda na infância, hoje são adolescentes, cresceram na minha frente, dentro da minha sala de aula toda decorada por eles mesmos.

Mas eles não sabem o motivo do meu afastamento. Por algum motivo que não sei explicar, não contei pra eles nada sobre a cirurgia. As colegas todas sabem, aliás, nem todas, só as mais próximas. Hoje mesmo cruzei com uma professora no corredor que me perguntou se eu estive doente. Minha escola é grande, por período temos mais ou menos 50 professores por ali. Ou deveríamos ter, mas isso é assunto pra outro post.

Mas o melhor de tudo isso é mesmo o abraço. As colegas quando me viram me abraçaram, perguntaram como eu estava, etc. Mas o melhor abraço não é esse, é o das crianças. Abraços apertados, sentidos mesmo, às vezes mais de um por vez, acompanhados de frases como 'pro, não falta mais, ficamos com saudade' ou 'Como a senhora está? Tá melhor? Não vai mais faltar, né?' Abraço apertado deveria estar na lista de direitos básicos do ser humano, é muito bom.

Mas apenas um, UM aluno quase matou a charada. O Allan, o que me corrigia lá na quinta série, em 2008, dizendo 'É Állan, pro, Áááállan'. Ele entrou na sala, olhou pra mim e disse 'Olha só, a pro ficou um mês no spa, voltou mais magra pra escola!'. E me abraçou também. Isso foi bem bom.

2 comentários:

*Vanessa* disse...

Ai q bunitinhooooo rs...
Tbm ja trabalhei com crianças, é mto bom o carinho delas, minha mãe tinha uma escolinha e eu ajudava , hj meus "aluninhos" ja estão maiores q eu e uns ja tem ate filhos, aff to velha. Parabéns pela sua volta a vida normal, ficar em casa realmente é uma tortura.
bjosss

*Vanessa* disse...

Ai q bunitinhooooo rs...
Tbm ja trabalhei com crianças, é mto bom o carinho delas, minha mãe tinha uma escolinha e eu ajudava , hj meus "aluninhos" ja estão maiores q eu e uns ja tem ate filhos, aff to velha. Parabéns pela sua volta a vida normal, ficar em casa realmente é uma tortura.
bjosss