14.6.09

A Vila

Eles nem precisam falar o que querem. Viajam no meio da noite pra uma balada num mundo quase paralelo de tão longe, de tão insólito. No auge da balada vão embora sem nenhum tipo de contestação de nenhuma das partes. Eles não dizem o que querem, mas ambos sabem que querem a melhor parte da balada.

Entram no carro, o frio é de congelar, o céu é de se admirar, maravilhoso. A vila é mágica, sedutora, tem um clima sedutor, excitante. Ambos sabem o que querem da vila, na vila, mas não falam nada. Numa das ruas desertas, quase sempre desertas, param. Não há o que falar.

Desse jeito vão saber de nós dois
Dessa nossa vida
E será uma maldade veloz
Malignas línguas
Nossos corpos não conseguem ter paz
Em uma distância
Nossos olhos são dengosos demais
Que não se consolam, clamam fugazes
Olhos que se entregam
Ilegais

Eu só sei que eu quero você

Pertinho de mim
Eu quero você
Dentro de mim
Eu quero você
Em cima de mim
Eu quero você

Desse jeito vão saber de nós dois

Dessa nossa farra
E será uma maldade voraz
Pura hipocrisia
Nossos corpos não conseguem ter paz
Em uma distância
Nossos olhos são dengosos demais
Que não se consolam, clamam fugazes
Olhos que se entregam
Olhos ilegais

Depois também não há o que falar, só o que sentir. Sentir o corpo do outro, na ponta dos dedos. Ouvir os últimos suspiros na noite fria. Sentir a pele esfriando depois de tanto calor. Contemplar o céu que ainda é lindo, a lua, as luzes da vila deserta. Saber que sexo é fácil conseguir, mas o que acabou de acontecer só é possível com alguém que valha a pena compartilhar tal momento, naquele lugar, daquela forma.

Vestem-se, ela liga o carro, e voltam ao mundo real.

P.S.: Letra citada de Vanessa da Mata, Ilegais.

Um comentário:

Mila disse...

Ui! Que eles continuem compartilhando esses bons momentos.
;)

***
Sumi, mas voltei! Não aguento mto tempo longe dos bons blogs que viciei.

Beijos