Sabe quando a gente passa uma vida toda driblando algo que a gente já sabe, mas prefere fazer de conta que não sabe? Aí, quando nos damos conta, a verdade é tão verdadeira que assusta.
Acho que tô me sentindo um patinho feio hoje.
Numa vala qualquer do teu cemitério racional
Numa esquina qualquer da tua cidade natal
E é um Deus nos acuda
Ninguém te ajuda
De madrugada quando as fadas dizem: "!tchau!"
E o que se escondia no porão
Sai pelos poros pela transpiração
E lava tua alma
Lava de vulcão
Porão - Fernando Deluqui/Humberto Guessinger
26.10.09
Mais confissões
19.10.09
Confissões Musicais
A educação já não me satisfaz, cada dia vejo ela se deteriorar, pouco a pouco, e me sinto de mãos atadas. Hoje ouvi uma história de que nota 3,5 arredonda-se pra 5. Desde o início do ano se quero trabalhar num ambiente limpo eu mesma devo varrer minha sala. Até o estacionamento do shopping aumentou, menos o meu salário. Mas ainda sou bem moça pra tanta tristeza...
CANTEIROS
(Fagner roubando um pedaço do poema Marcha, da Cecília Meireles)
Quando penso em você
Fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa
Menos a felicidade
Correm os meus dedos longos
Em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
Já me dá contentamento
Pode ser até manhã
Sendo claro, feito o dia
Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria
Eu só queria ter do mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza
E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza ...
E deixemos de coisa, cuidemos da vida
Senão chega a morte
Ou coisa parecida
E nos arrasta moço
Sem ter visto a vida
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
São as águas de março fechando o verão
É promessa de vida em nosso coração.